Nara Roesler Rio de Janeiro apresenta, no dia 7 de novembro de 2024, às 18h, da exposição “Caçador de Fábulas”, a primeira que o artista Gerardo Rosales – venezuelano radicado em Houston, Texas, nos Estados Unidos – faz no Brasil. Com curadoria de Luis Pérez-Oramas, a mostra traz 44 pinturas sobre tela ou papel, criadas em 2024, “que nos lembram, por meio da beleza luminosa de suas treliças ornamentais, que nunca houve realmente uma origem desconhecida ou uma era de inocência; que a humanidade sempre, para sempre, foi marcada e destinada pela posse e pelo desejo, por sua exultação e sua ansiedade, por sua pequena morte diária e seu paraíso instantâneo e provisório”.
“A obra de Gerardo Rosales se destaca pelo seu imaginário florestal, espinhoso, homoerótico, fantástico, em que figuras animais e humanas se entrelaçam, ao mesmo tempo, em atos de amor e de caça. Latinx e queer, radicado há duas décadas nos Estados Unidos, Rosales faz parte de uma geração global de artistas que se identificam através de uma abordagem figurativa da natureza e da sexualidade em que espécies e gêneros se multiplicam numa incessante confusão mútua. Rosales dá conta deste fenômeno através da manipulação magistral de redes ornamentais, nas quais emergem suas personagens recorrentes – o urso, a borboleta, a cobra, o pássaro, o coiote, o burro, as árvores, a flor fálica”, escreve Oramas, no texto que acompanha a exposição.
O trabalho de Gerardo Rosales se relaciona ainda com sua infância passada em San Cristóbal, na Venezuela, cidade com uma forte tradição de arte popular, com desenhos intrincados e coloridos. “Entre todas as imagens que Rosales cultiva em seu jardim de figurações perturbadoras e aparentemente inocentes, talvez a da caça se destaque: uma licença figurativa e poética para falar de sedução e cruising (“paquera”), de predação e trauma, do destino das espécies que buscam e consomem umas às outras. Um eco antigo sobrevive nessas obras muito recentes, uma pátina antiga de antiguidades ocultas”, observa o curador.
“Diante delas, podemos evocar as tumbas de Tarquínia, por exemplo, a chamada ‘The Bulls’, que retrata, em estilos que não poderiam estar mais surpreendentemente próximos dos recursos plásticos de Rosales, a cena em que Aquiles, a cavalo, observa Troilo, escondido atrás de um monte, antes de matá-lo.”
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