“Georg Baselitz: Sculptures 2011-2015” na Serpentine Galleries

Com uma carreira que abrange mais de seis décadas, Georg Baselitz (n. 1938, Saxônia, Alemanha) alcançou destaque na Alemanha do pós-guerra como pintor. A partir de 1969, ele ficou conhecido por inverter – ou virar de cabeça para baixo – formas humanas e outros motivos em pinturas expressionistas que tentavam se afastar de conteúdo e narrativa. Baselitz concentrou-se, em vez disso, na forma, cor e textura, trazendo novas perspectivas para a tradição do expressionismo alemão. Ele passou para a escultura a partir de 1979, continuando a explorar tensões entre o figurativo e o abstrato por meio de aproximações grosseiras de figuras e partes do corpo esculpidas em madeira.

Selecionada com a colaboração de Georg Baselitz e retirada diretamente de seu estúdio, a exposição “Georg Baselitz: Esculturas 2011-2015” apresenta esculturas imponentes nunca antes vistas, ao lado de desenhos soltos e manchados. Convidando você a entrar em uma floresta de esculturas de madeira bruta, esta exposição oferece novas perspectivas sobre o processo do artista e como suas obras se influenciam mutuamente em diferentes mídias.

As esculturas nesta exposição não foram originalmente destinadas a serem vistas pelo público. Foram feitas como maquetes, ou modelos, em preparação para obras de bronze. Cada escultura de madeira é feita de um único tronco de árvore, que Baselitz esculpiu com serras elétricas, machados e cinzéis. Suas figuras sólidas e impactantes mantêm a textura da madeira, com incisões distintas e entalhes em suas superfícies. Exibidas na Serpentine South, que é cercada pelas árvores dos Kensington Gardens, essas esculturas de madeira evocam suas formas originais vivas nas florestas da Saxônia.

Os desenhos que também estão em exibição não são esboços preparatórios para as maquetes de madeira, mas foram feitos durante o processo de escultura. Ao reunir esses desenhos e esculturas, a exposição destaca as conexões entre os processos bidimensionais e tridimensionais de Baselitz. Esta é uma exploração vívida das possibilidades – e impossibilidades – de traduzir entre pintura, desenho e escultura.