Arte Que AconteceArte Que Acontece
Third World: The Bottom Dimension é uma jornada por um mundo fantástico e provocador, construído por uma geração vital de artistas brasileiros. Faz parte de um projeto contínuo e multidimensional com o mesmo nome, criado por Gabriel Massan e colaboradores, que inclui tokens web3 construídos em Tezos e um jogo online e gratuito que explora a experiência dos negros brasileiros no cruzamento com os impactos do colonialismo. Projetada como um ecossistema responsivo, esta exposição interdisciplinar amplia as ideias por trás do jogo, oferecendo a todos os visitantes a oportunidade de jogá-lo e entrar no mundo de seus conceitos, emoções e mecânicas, enquanto estão sentados nas estações esculturais do jogo de Massan. A exposição também é um espaço para encontrar as práticas mais amplas de uma rede de artistas e pensadores – incluindo Castiel Vitorino Brasileiro, Novíssimo Edgar, LYZZA, Jota Mombaça e Ventura Profana – com obras contribuídas que combinam instalação, têxtil, som e poesia. Essas obras expandem nossa capacidade de imaginar de outra forma, abraçando o conhecimento ancestral, a consciência ecológica e uma abertura para a transmutação e a reverberação. Convidando os visitantes a navegar pelas lentes da decolonialidade, da queerness e da descentralização – tecnológica, social, econômica e ideológica – Third World é uma experiência que nos desafia a repensar as maneiras como entendemos e nos orientamos no mundo. Como diz Massan, “Eu quero criar a experiência de caminhar por possibilidades e memórias de vida e narrativa”. Seguindo as referências do trabalho desenvolvido para o jogo, Castiel Vitorino Brasileiro explora um espaço de liberdade com um trabalho textual e uma instalação terrestre. Novíssimo Edgar explora a construção do tecido social por meio de jogo de personagens, trabalho têxtil e cerâmica que reflete o nível de design dentro do jogo. LYZZA cria um ambiente sonoro imersivo influenciado pelo gameplay em tempo real, que nos convida a considerar a simbiose e o comportamento adaptativo. A intervenção de parede baseada no texto de Jota Mombaça anuncia uma ruptura arquitetônica dentro do espaço da galeria e oferece um olhar para a possibilidade. Ventura Profana traz uma colagem digital e uma instalação escultural que lança as bases para novas infraestruturas.
