Harry Smith (1923–1991) foi um pintor, cineasta, folclorista, musicólogo e colecionador, bem como um não conformista radical cujo trabalho desafia categorização. Embora sua produção criativa inclua pinturas, filmes, poesia, música e gravações de som, também consiste em extensas coleções de objetos negligenciados, mas reveladores, como figuras de barbante e aviões de papel encontrados. Seu trabalho mais conhecido, uma compilação de gravações das décadas de 1920 e 1930 intitulada “Antologia da Música Folclórica Americana”, alcançou status de culto entre muitos músicos e ouvintes desde sua primeira publicação em 1952.
Fragments of a Faith Forgotten: The Art of Harry Smith expõe a vida do artista ao lado de sua arte e coleções. A exposição segue Smith desde sua infância isolada na era da Depressão no Noroeste do Pacífico – um período em que ele estava imerso em filosofias religiosas extáticas e cerimônias indígenas americanas – até sua juventude boêmia de maconha, peiote e intelectualismo na Califórnia do pós-guerra. A exposição também traça seu caminho pelos meios do bebop e do cinema experimental em São Francisco até suas décadas em Nova York, onde ele era uma parte essencial da vanguarda da cidade.
Atento às mudanças tecnológicas, Smith abraçou a inovação e usou o que era novo e do momento. Ao mesmo tempo, seu interesse vitalício pela arte abstrata, tradições antigas, metafísica, espiritualismo, arte folclórica e música mundial veio à tona, mesmo quando ele criava maneiras engenhosas de coletar sons e criar filmes. Essas preocupações fazem com que o trabalho de Smith pareça cada vez mais premonitório, à medida que a coleta e o compartilhamento se tornam atos criativos necessários para extrair significado da abundância de imagens e da justaposição de culturas que encontramos todos os dias.
© 2024 Artequeacontece Vendas, Divulgação e Eventos Artísticos Ltda.
CNPJ 29.793.747/0001-26 | I.E. 119.097.190.118 | C.C.M. 5.907.185-0
Desenvolvido por heyo.com.br