Meriem Bennani, “For My Best Family”. Foto: Delfino Sisto Legnani – DSL Studio, Cortesia Fondazione Prada
“For My Best Family” é o novo projeto expositivo concebido pela artista Meriem Bennani, encomendado pela Fondazione Prada.
Combinando uma instalação site-specific em grande escala com um filme de arte co-dirigido por Orian Barki, o projeto explora as formas de convivência em contextos sociopolíticos públicos e íntimos. Este é o trabalho mais ambicioso de Bennani até o momento, tanto em complexidade e escala quanto no longo processo criativo, que levou mais de dois anos para ser concluído. A iniciativa integra uma programação que a Fondazione Prada desenvolve há mais de trinta anos, colaborando com artistas internacionais para criar projetos utópicos conceitualmente e esteticamente desafiadores.
Nascida no Marrocos em 1988, Bennani utiliza o potencial narrativo para amplificar a realidade através de uma imaginação fantástica e humorística, mesclando linguagens como vídeos do YouTube, TV de realidade, documentários, animação e estéticas de alta produção. Sua prática interdisciplinar combina filmes, esculturas e instalações imersivas, questionando aspectos da sociedade contemporânea, como identidades fragmentadas, questões de gênero e a hegemonia das tecnologias digitais.
O projeto se desenvolve nos dois níveis do Podium, o principal edifício expositivo da sede em Milão. No térreo, a instalação Sole Crushing anima 192 chinelos em uma composição cinética e sonora colaborativa, criada com o produtor musical Reda Senhaji (Cheb Runner). Os objetos, conectados a um sistema pneumático, formam uma coreografia rítmica que evoca rituais coletivos, delírios organizados e formas tradicionais de música marroquina, como a deqqa marrakchia.
No primeiro andar, um espaço cinematográfico exibe o filme For Aicha, dirigido por Bennani e Barki, sob a produção criativa de John Michael Boling e Jason Coombs. Ambientado entre Nova York, Rabat e Casablanca, o filme mistura documentário e animação 3D para narrar a história de Bouchra, uma cineasta marroquina representada como um chacal antropomórfico, que explora o impacto de sua orientação sexual na relação com sua mãe, Aicha. Com humor e sensibilidade, a obra combina ficção e gravações reais de diálogos entre Bennani e sua própria mãe.
O uso de personagens animados funciona como um dispositivo metafórico, permitindo abordar questões complexas de maneira acessível e instigante, reforçando o poder narrativo da animação para tratar de temas contemporâneos.
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