Niki de Saint Phalle, “Il Giardino dei Tarocchi”, 1991 © 2024 NIKI CHARITABLE ART FOUNDATION. Todos os direitos reservados. Foto: Ed Kessler
A exposição é a primeira retrospectiva antológica completa organizada em um museu italiano dedicada à artista franco-americana Niki de Saint Phalle, conhecida por suas grandes e coloridas Nanas. A mostra revela, porém, um lado mais engajado e crítico da artista, oferecendo uma nova leitura de sua obra.
Estruturada em oito seções, a exposição narra a trajetória artística de Niki de Saint Phalle, dos primeiros trabalhos até suas produções finais, seguindo uma abordagem tanto diacrônica quanto antológica. O universo colorido, polimorfo e maternal de suas Nanas contrasta com uma vida pessoal marcada por experiências dolorosas. Ao longo de sua carreira, a artista frequentemente destruiu para lidar com o sofrimento, reconstruindo sua visão através de provocações intensas e rompendo convenções, deixando uma marca duradoura na história da arte.
Realizada em colaboração com a Niki Charitable Art Foundation, a mostra reúne 110 obras, incluindo cerca de dez de grande escala, além de uma seleção de elegantes vestidos da Maison Dior, que remetem ao passado da artista como modelo. A exposição também apresenta fotografias que retratam sua visão singular e profundamente “pop” da arte, entendida como um caminho para a afirmação do feminino.
Definindo-se como “mulher e artista”, Niki de Saint Phalle transita entre pintura, escultura, filmes experimentais e performances, escapando de categorizações simples. Suas monumentais obras públicas, como parques e esculturas, dialogam com reflexões mais pessoais e por vezes comoventes. Vista simultaneamente como uma celebridade independente e orgulhosa de sua arte, sua fragilidade física e sua luta contra desigualdades sociais ressaltam sua humanidade e sensibilidade para com os mais vulneráveis.
Vivendo em uma época de grandes transformações sociais e artísticas — do movimento feminista dos anos 1960 e 1970 ao Nouveau Réalisme, do qual foi protagonista —, Niki de Saint Phalle (Neuilly-sur-Seine, 1930 – La Jolla, 2002) destacou-se como uma das artistas que mais desafiou os estereótipos de gênero por meio da arte. Sua obra expressa identidade através da feminilidade, sensualidade e um amor pela vida entendido como ato criativo.
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