Exposições coletivas “Catalyst” e “We Are They” na Honor Fraser

A exposição coletiva Catalyst, realizada pela Honor Fraser em parceria com a EPOCH Gallery, é uma instalação inovadora que combina elementos físicos e virtuais. Apresentando sete artistas renomados internacionalmente, a mostra exibe suas obras de arte em um modelo 3D especulativo do futuro prédio do LACMA, projetado por Peter Zumthor. Essas obras, conhecidas como catalisadoras, têm o propósito de provocar e acelerar mudanças pessoais, sociais e políticas. A ambientação de Catalyst ocorre em um Los Angeles pós-apocalíptico, inspirado no próprio LACMA do futuro. O público é convidado a vivenciar esse ambiente digital através de fones de ouvido de realidade virtual (VR), dentro de uma instalação física na Honor Fraser. Essa instalação é composta por paredes ondulantes de tecido translúcido, recriando as curvas arquitetônicas do museu futuro, enquanto as janelas de vidro oferecem vislumbres de um mundo desolado lá fora. Dentro desse ambiente digital, os espectadores podem interagir com as obras de arte, protegidos dos desastres que ocorrem no exterior. Essa fusão de espaços físicos e virtuais possibilita uma reflexão sobre o papel das instituições culturais e sua relação com a sociedade. Por outro lado, a exposição We Are They: Glitch Ecology and the Thickness of Now, curada por Jamison Edgar, mergulha nas interseções entre redes humanas, sistemas ecológicos e tecnologias. Com vinte e dois artistas participantes, a mostra questiona noções de antropocentrismo e explora os limites sociais, espirituais e tecnológicos dos ecossistemas em que vivemos. Inspirada no “Manifesto Ciborgue” de Donna Haraway, a exposição abraça o conceito de “glitch” como ferramenta subversiva. O glitch é entendido como uma falha ou interrupção temporária em sistemas digitais, mas também pode ser interpretado como um deslizar suave e escorregadio. We Are They oferece uma experiência multifacetada, reconfigurando continuamente a percepção visual e a orientação física dos visitantes. Apresentando obras que exploram temas como consciência humana/animal, globalização, migração, extração de recursos e inteligência artificial, os artistas desafiam hierarquias sociais e ecológicas, questionando a relação entre humanos, não-humanos e tecnologias.