“Exposição Internacional de Arte Têxtil Contemporânea” na CAIXA Cultural

Obra de Luiz Monken. Crédito: Divulgação

A 16ª edição da exposição CONTEMPORÂNEO foi inaugurada hoje na CAIXA Cultural São Paulo, trazendo uma proposta ousada e necessária: apresentar obras que têm o feminino como eixo central, abordando questões urgentes como o feminicídio, a exploração da força de trabalho das mulheres nas dinâmicas globais e reflexões que atravessam corpo, cotidiano e identidade feminina.

A mostra, que fica em cartaz até 18 de janeiro de 2026, reúne 25 obras que promovem diálogos sobre arte, cultura e pluralidade, assinadas por nomes consagrados da cena contemporânea internacional.

A CONTEMPORÂNEO valoriza a diversidade ao reunir artistas de diferentes etnias, gêneros e nacionalidades. Além dos artistas brasileiros Monica Barki, Cristina Pape, Pedro Paulo Domingues, Otavio Avancini, Eva Soban e Luiz Monken, participam também criadores vindos da Índia, Quênia, Canadá, Hungria, Inglaterra, Estados Unidos, Costa Rica e Uruguai.

A mostra chega propondo uma reflexão provocadora: dois curadores homens, Zeca Medeiros e Otavio Avancini, mergulham no universo do feminino como fio condutor da mostra.

“Mais do que uma escolha estética, essa abordagem revela um esforço consciente de explorar narrativas, símbolos e experiências tradicionalmente associadas ao feminino por meio de obras que celebram a força das mulheres, questionam estereótipos e resgatam vozes esquecidas”, afirma Avancini.

Zeca Medeiros complementa:

“Esta exposição foi pensada como um espaço de visibilidade para questões ligadas ao feminino. Mais do que representar, ela busca tensionar, provocar e ampliar o debate sobre os corpos, os afetos, os silêncios e as insurgências que atravessam a experiência de ser mulher. Cada obra é um fragmento de mundo, uma narrativa que se entrelaça à outra, formando um tecido único e simbólico que reivindica presença, escuta e transformação.”

Mais do que uma exposição, a CONTEMPORÂNEO convida o público a uma experiência sensorial e crítica, na qual o têxtil se afirma como linguagem, corpo e território — uma celebração da arte como espaço de reflexão, transformação e conexão.