A exposição que ocorrerá na Bolsa de Arte em São Paulo, iniciando em 06 de setembro de 2023, é uma homenagem póstuma ao renomado curador e multiartista Emanoel Araújo, que faleceu em 7 de setembro de 2022. O fundador do Museu Afro Brasil, ao longo de mais de seis décadas, construiu uma coleção particular impressionante, considerada uma das maiores e mais diversas da América Latina. Sua coleção abrange obras de diversos períodos, desde o século 17 até o modernismo, incluindo peças de artistas renomados como Rubem Valentim, Xavier das Conchas e Franz Krajcberg.
A exposição destaca não apenas as obras de arte, mas também os espaços que faziam parte da vida de Emanoel Araújo, recriando ambientes como seu quarto, escritório, cozinha e sala de jantar. A mostra apresenta uma rica variedade de itens, desde móveis a objetos de arte, incluindo peças africanas e de origem Iorubá, refletindo a diversidade cultural e artística que era importante para o curador. Além disso, a coleção de Araújo tem um profundo vínculo com a história da escravidão no Brasil, apresentando peças como anéis, esculturas e moedas antigas que remetem a esse período crucial da história do país. A exposição também destaca a importância das joias crioulas, que eram especialmente raras e faziam parte da coleção de Araújo.
Emanoel Araújo foi um defensor da luta antirracista nas artes, buscando trazer visibilidade para artistas negros e afrodescendentes ao longo de sua carreira. Ele também expandiu os acervos dos museus em que trabalhou, adquirindo obras de artistas sub-representados, incluindo latino-americanos, indígenas e negros. Sua coleção é uma representação abrangente da cultura afro na arte brasileira e demonstra como grandes artistas contribuíram para moldar a história do país, incorporando raízes de uma cultura miscigenada, criativa, plural e sofisticada.
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