Esta é a segunda de duas exposições dedicadas ao Comodato MASP Landmann, com 906 peças que chegaram ao Museu em 2016 e aqui permanecerão até 2026. Ao longo de mais de cinco décadas, Oscar e Edith Landmann reuniram uma das mais representativas coleções de arte pré-colombiana do Brasil. Abrangendo objetos produzidos entre 1600 a.C. e o século 16, atribuídos a 35 “culturas arqueológicas”, o comodato preserva peças chavin, vicus, nasca, mochica, recuay, chimu, inca e outras provenientes dos atuais territórios do Equador, do Peru, da Colômbia, da Venezuela, do Panamá, do México, do Brasil e de países caribenhos. A primeira exposição foi dedicada aos tecidos, e esta apresenta 718 exemplares feitos em cerâmica, metal, madeira, pedra, osso e concha, além de plumas, fibras e pigmentos vegetais ou minerais. As peças foram agrupadas a partir da proximidade de suas características estilísticas. Se, por um lado, não podemos estabelecer relações diretas entre esses conjuntos materiais e a identidade de um povo ou de uma etnia, as assinaturas visuais e tecnológicas dos objetos nos permitem inferir sobre algumas fronteiras históricas e temporais, que refletem processos de interação, de disputas e de trocas entre os antigos ameríndios, cujas histórias são pouco conhecidas pelos brasileiros. A difusão do conhecimento sobre as populações ameríndias vem se ampliando a partir de iniciativas de museus e de outras instituições do campo das artes, preocupados em incorporar os olhares indígenas em suas narrativas. Nesse sentido, ao apresentar o potencial das coleções arqueológicas para a investigação científica e para o reconhecimento da ancestralidade do continente americano, a mostra incorpora o olhar criterioso dos colecionadores, que se mantiveram atentos aos objetos selecionados e a suas histórias, uma característica marcante do Comodato MASP Landmann.
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