“Everytime A Knot is Undone A God is Released” de Barbara Chase-Riboud no Palais de Tokyo

Barbara Chase-Riboud, “My blood sings through your tuned flesh”, 2020. La Verrière (Bruxelas), 2020 © Isabelle Arthuis / Fondation d’entreprise Hermès.

Uma escultora, desenhista, poeta e romancista, Barbara Chase-Riboud é considerada uma das grandes artistas das últimas décadas. Embora seja bem conhecida nos Estados Unidos, ela é pouco reconhecida na França, onde vive e trabalha desde 1961.

Seu trabalho visual, que sempre ocupa um espaço entre o abstrato e o figurativo, se desdobra em uma variedade de mídias, incluindo bronze, têxtil, desenho e escrita. Embora nunca seja explicitamente ilustrativo, sua obra está repleta de referências explícitas e implícitas à história da diáspora africana, desde o comércio transatlântico de escravos até a luta pelos direitos civis nos Estados Unidos. Ela codifica numerosas evocações dessa história em suas peças, prestando homenagem a suas grandes figuras, incluindo Malcolm X e Josephine Baker.

“Everytime A Knot is Undone A God is Released” apresenta uma seleção de suas obras mais recentes, incluindo esculturas em bronze da série Standing Black Woman of Venice. Também apresenta uma série de trabalhos bordados em papel com fio branco: esses textos quase ilegíveis oferecem uma delicada evocação de sua obra literária, que também estará presente na exposição por meio de uma sala de audição onde sua escrita será lida por várias vozes.

Com esta exposição, o Palais de Tokyo se junta a uma celebração coletiva e nacional da obra de Barbara Chase-Riboud, que foi elaborada em conversa com Donatien Grau e Erin Gilbert, em colaboração com sete outras instituições parisienses: o Centre Pompidou, o Musée National des arts Asiatiques – Guimet, o Musée du Louvre, o Musée d’Orsay, o Musée du Quai Branly – Jacques Chirac, o Palais de la Porte Dorée, a Cité de la Musique e a Philharmonie de Paris.