A Martha Pagy Escritório de Arte, localizada no Flamengo, apresenta até o dia 29 de novembro a exposição “Eu Sou Céu”, do fotógrafo e artista visual carioca Filipi Dahrlan. Com uma visão sensível e poética, Dahrlan explora o vínculo entre suas memórias e o espaço urbano do Rio de Janeiro. As visitas são realizadas mediante agendamento pelo WhatsApp (21) 98141-3234.
Inspirado por sua relação com o céu e com a cidade, Dahrlan percorre ruas, estradas e encruzilhadas guiado por um olhar atento aos detalhes invisíveis. Em “Eu Sou Céu”, o artista pontua seu trabalho com referências simbólicas: a imagem do Cristo Redentor, ícones como São Sebastião e São Jorge, e uma vista de uma favela registrada a partir da Igreja da Penha. Essas imagens conduzem o público por uma cartografia emocional do Rio, onde o sagrado e o cotidiano se entrelaçam.
Parte da exposição também homenageia o carnaval carioca (uma das paixões do artista) e faz referência ao “Cristo Mendigo” de Joãosinho Trinta, trazendo à tona a questão da cidade partida e dos contrastes sociais, inspirada no samba-enredo “Ratos e Urubus larguem a minha fantasia”: “Reluziu, é ouro ou lata? Formou a grande confusão. Qual areia na farofa é o luxo e a pobreza no meu mundo de ilusão”. As rabiolas de pipas enroscadas nos postes e fios simbolizam o contraste entre o vulgar e o extraordinário, revelando uma cidade marcada por suas tensões e belezas.
A exposição “Eu Sou Céu” mergulha na essência do Rio de Janeiro, explorando religiosidade, identidade e cultura. Começa com uma obra de Exu, o guardião dos caminhos, simbolizando comunicação e movimento. Em seguida, a obra de São Jorge, santo cultuado nos subúrbios cariocas, revela a profundidade da religiosidade popular no Rio, representando fé, resistência e proteção. Já a série “Eu Tenho Um Pecado Novo” estabelece uma conexão estética com a imagem de São Sebastião, padroeiro do Rio, celebrando a vitalidade e vulnerabilidade humanas através de retratos de homens se exercitando nas praias cariocas. O corpo é visto como território de expressão, revelando o caráter humano e suas contradições por meio da força e fragilidade, refletindo a identidade cultural do Rio de Janeiro.
Além disso, “Eu Sou Céu” apresenta a série fotográfica “Deve Ser Assim o Céu”, que documenta festivais de pipas nas periferias do Rio, preservando e celebrando essa prática cultural. Por meio dessas imagens, Dahrlan convida o público a enxergar além do óbvio, reinterpretando o cotidiano com uma narrativa visual sensível.
Visitas por agendamento pelo Whatsapp: 21 98141-3234.
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