Nara Roesler Rio de Janeiro tem o prazer de apresentar, no dia 29 de fevereiro de 2024, das 18h às 21h, a exposição Essa cidade ‘sempre’ maravilhosa, com trabalhos de doze artistas selecionados pelo curador Theo Monteiro. As obras discutem questões ligadas à cidade do Rio de Janeiro, como a paisagem, lazer, violência, sexualidade, o sagrado, em toda a complexidade que envolve esta metrópole que “desempenha papel decisivo na formação cultural e política do país”. O título da exposição é retirado da apresentação que o grande compositor Ismael Silva (1905-1978) fez antes de cantar seu clássico “Antonico”, no disco “Se você jurar”, de 1973.
Os artistas participantes da exposição são: Alberto Baraya (1968, Bogotá), Ana Hortides (1989, Rio de Janeiro), André Griffo (1979, Barra Mansa; vive no Rio de Janeiro), Arthur Chaves (1986, Rio de Janeiro), Celo Moreira (1986, Rio de Janeiro), Elian Almeida (1994, Rio de Janeiro), Jaime Lauriano (1985, São Paulo), Marcos Chaves (1961, Rio de Janeiro), Priscila Rooxo (2001, Rio de Janeiro), Raul Mourão (1967, Rio de Janeiro), Vik Muniz (1961, São Paulo; vive e trabalha no Rio de Janeiro e em Nova York), Yohana Oizumi (1989, Rubiataba, Goiás; vive e trabalha em São Paulo).
No térreo da Nara Roesler Rio de Janeiro, estão os trabalhos que “dialogam diretamente com questões de natureza mais cotidiana”, diz Theo Monteiro. “Se fazer presente em uma cidade espremida entre mares, morros e mares de morros requer capacidade humana, técnica, trabalho e estratégia. Paisagens idílicas convivem ao lado de elementos como violência, sexualidade, arquitetura, lazer, propaganda, cultura de massa, histórias e memórias”, observa. “Falamos de uma urbe que conjuga uma natureza de aparência intocada com a agitação característica de uma metrópole latino-americana. E existe todo um universo no meio e por causa disso”.
No piso superior, “afloram os temas ligados ao espírito, aqueles que só a lógica, a sociologia e o intelecto não dão conta de explicar”. “Em uma cidade onde a vida se faz veemente, só o cotidiano não dá conta. E aí entram o metafísico, o onírico, o sagrado e o celestial”, assinala. “A religião, por exemplo, e seus desdobramentos, afinal, falamos de uma metrópole em que a fé é um destacado agente social e político, mas não somente. Também o futebol (o que é o Maracanã senão um grande templo devotado ao nobre esporte bretão?), o carnaval e a ficção dão as caras por aqui, mostrando uma cidade cujo imaginário se enraiza não só geograficamente, mas também nas almas”, afirma Theo Monteiro.
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