Marina Weffort abre a exposição Escada D’água no espaço da Cavalo, em Botafogo. O seu retorno para a segunda individual na galeria contará com obras inéditas da série ‘Tecido’. Em suas obras, Marina parte de leves tecidos nos quais a manualidade e a repetição constituem seu processo de criação. As brechas abertas pelo processo de retirada dos fios horizontal e verticalmente, interagem com a luz e com o movimento ao redor. A obra exige a atenção do observador que tenta diferenciar os desenhos geométricos de sua própria sombra e encanta ao começar a se movimentar, quase que por vontade própria, como ondas que se propagam e se dissipam em um espelho d’água.
A artista vem dando cada vez mais destaque aos espaços criados no meio dos tecidos, antigas estruturas que antes asseguravam a rigidez do todo, hoje aparecem como ornamentos internos, linhas finas se desenham com cada vez mais proeminência, de forma leve, quase invisíveis. Neste processo, a obra dá a impressão de participar dos três estágios da matéria, simultaneamente sólida, líquida e gasosa.
O nome da exposição é, curiosamente, também um termo da engenharia que denomina estruturas de concreto para o escoamento da água, são escadas que não se pode subir mas que contam com gravidade para guiar o percurso das chuvas. Esse sentido de rigidez e fluidez compõe toda obra de Marina. Em ‘Escada D’água’, é com essa sensação de transitar entre estados da matéria que a artista brinca. As forças que interagem nas obras ora as fazem parecer sólido, ora parece prestes a desmanchar no ar.
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