Pensar a imagem como um fenômeno poderoso na sociedade atual é talvez a intenção maior das pesquisas de Simone Cupello. O olhar da artista, treinado na cenografia e edição de vídeos para TV, se debruça constantemente sobre o comportamento do homem em relação ao meio imagético que o cerca, acolhe e modifica.
EM FALSO, reúne obras que a natureza e o jardim romântico do Museu da República inspiraram e ensinaram. “Entendi com a pedra falsa do rocaille que posso ter a figura se a figura falar de matéria”, afirma a artista sobre a representação da matéria, sobre texturas, tempo e memória.
Fotografias são fragmentos de uma determinada forma de ver o mundo, um recorte preciso que enquadra na bidimensionalidade uma ruptura temporal, indicando que algo aconteceu ou esteve ali por determinado tempo. Susan Sontag, entretanto, sinaliza sobre o destino das fotografias tiradas exaustivamente e que terão, certamente, pouco tempo de vida útil.
“O que vai ser de um maço de fotografias daqui a 500 anos?”, questiona Simone diante do acervo de imagens com as quais trabalha, interfere, experimenta e aprende.
Isabel Sanson Portella (curadora do Museu da República do Rio de Janeiro)
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