Em uma época em que as fotografias são principalmente compartilhadas e armazenadas digitalmente, muitos artistas estão retornando à materialidade dos instantâneos em um álbum ou das imagens em um arquivo como fonte de inspiração. A exposição, intitulada Don’t Forget to Call Your Mother (“Não Esqueça de Ligar para Sua Mãe”), a partir de uma fotografia do provocador italiano Maurizio Cattelan, consiste em obras da coleção do Met, que vão dos anos 1970 até os dias atuais, refletindo sobre os sentimentos complexos de nostalgia e sentimentalismo que esses objetos evocam, enquanto sublinha o poder do objeto encontrado.
Entre os artistas em destaque está Sadie Barnette, para quem as fotografias servem como um portal para iluminar a história esquecida do primeiro bar gay de propriedade de negros em São Francisco e a vida de seu próprio pai, como ilustra poderosamente sua obra Photo Bar de 2022. Assim como Barnette, muitos dos artistas da exposição buscam fortalecer o legado das histórias familiares, enfatizar a importância das relações intergeracionais e considerar as maneiras pelas quais o conhecimento e o respeito pelo passado podem informar o nosso momento atual. Alguns artistas, como Sophie Calle e Larry Sultan, exploram suas próprias narrativas para revelar a construção do desejo, enquanto outros, incluindo Taryn Simon e Hank Willis Thomas, examinam histórias que moldaram o diálogo cultural e político. Para alguns, como Darrel Ellis, que utilizou fotos de família para negociar o trauma da violência policial, o pessoal é político. Empregando várias estratégias, esses artistas consideram como uma coleção de imagens—como um talismã ou um retábulo—constrói relações ao longo do tempo e pode transformar nossa compreensão do presente.
A exposição é viabilizada por Joyce Frank Menschel.
© 2024 Artequeacontece Vendas, Divulgação e Eventos Artísticos Ltda.
CNPJ 29.793.747/0001-26 | I.E. 119.097.190.118 | C.C.M. 5.907.185-0
Desenvolvido por heyo.com.br