A coletiva Dialetos do Firmamento apresenta obras dos artistas Bonikta, Ivan Grilo, Jeane Terra, Rochelle Costi, Shen Özdemir, Thiago Costa e Zé Tepedino, que abordam diferentes cosmovisões, mundos inventados e o encantamento dos mistérios que transitam entre o céu e a terra. A exposição foi aberta por um cortejo/performance com oito bandeiras desenhadas e confeccionadas pela artista belga de origem turca Shen Özdemir, em sua primeira visita ao Brasil, e a participação de seis músicos integrantes do tradicional Céu na Terra, seguindo da Praça Santos Dumont, na Gávea, até a sede da Anita Schwartz. Por meio de suas linguagens e modos sensíveis de compreensão, os trabalhos dos artistas de Dialetos do Firmamento constelam imaginários, desenhando novas direções para modos plurais da existência, integrada à imensidão dos poderes ocultos do universo. A exposição inaugura o programa de 2023 da galeria e convida o público a imaginar novas possibilidades de cuidar de um futuro ancestral, em conexão com o campo da arte e da espiritualidade, construindo percursos e diálogos entre manifestações divinas e profanas. O projeto de um Brasil inventado é revisto pelas potências do intangível, as expressões primárias e as subjetividades da memória, atravessando o tempo e o espaço visível/invisível do mundo moderno organizado pela racionalidade. Alguns destaques da mostra são as fotografias Kurumins do Rio (2023) e Ygarapé das Bestas (2023), de Bonikta (Caio Aguiar), nascide em 1996, em Ourém, Pará, e radicade em Salvador. Sua produção desenha um universo encantado inspirado no imaginário ribeirinho amazônico e em reflexos de vivências que traçam travessias entre o interior e a cidade, entre a rua e a floresta. Bonitka se dedica a processos de criações e encantarias em diversas linguagens e tecnologias, do grafite, lambe-lambe, ilustrações, pinturas, fotografias, vídeos, animações, tatuagens, máscaras a desenhos digitais, entre outros, definindo-se como “bicho que vira gente e gente que vira bicho”. A artista Rochelle Costi (1961-2022), que deixou um legado poético de sua coleção amorosa de registros do que a cercava – objetos, paisagens, cenas do cotidiano, é homenageada com a participação da fotografia Escada Palavrada – Céu (2014, na foto).
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