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“Di Cavalcanti – 125 anos” no Farol Santander
12 outubro, 2023 - 09:00 - 7 janeiro, 2024 - 20:00
O Farol Santander São Paulo, centro de cultura, lazer, turismo e gastronomia, inaugura no feriado do dia 12 de outubro (quinta-feira) a exposição inédita Di Cavalcanti – 125 anos. A mostra apresenta um conjunto de obras raras e extraordinárias pertencentes a coleções particulares de São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Fortaleza. Com curadoria de Denise Mattar, a exposição Di Cavalcanti – 125 anos fica em exibição até 07 de janeiro de 2024.
O grande destaque fica por conta da excepcional obra Carnaval (1929/30), que foi adquirida na década de 1930 por um colecionador em Paris, lá permanecendo até o ano passado, quando retornou ao Brasil. Trata-se de um trabalho impactante, relativamente desconhecido pelo público e que será exibido pela primeira vez em uma grande exposição.
A criação de Carnaval (1929/30) tem características que o situam na produção realizada entre os anos 1929 e 1931, quando a influência muralista toma corpo na obra de Di Cavalcanti. O artista tinha como proposta criar um muralismo diverso do mexicano, que é marcadamente político, preferindo se debruçar sobre o aspecto humanista. Os sambas, morros, favelas e danças que ele pinta são verdadeiros, quentes, amorosos e carnais — feitos de dentro.
“É com alegria que o Farol Santander São Paulo apresenta a exposição ‘Di Cavalcanti – 125 anos’. Partindo de um olhar marcante e afetivo, Emiliano Di Cavalcanti retratou o Brasil utilizando cores vibrantes e formas sinuosas. Sua obra é um registro do cotidiano do povo brasileiro em seus momentos de alegria e tristeza, lazer e trabalho, amores e dores”, comenta Maitê Leite, vice-presidente institucional do Santander Brasil.
A mostra ocupará toda a galeria do 22º andar do Farol Santander São Paulo. São ao todo quarenta e cinco trabalhos, incluindo um álbum com dezesseis gravuras, que traçam um percurso do artista de 1920 a 1970 por meio de seu tema favorito: o povo brasileiro, com suas festas, sambas e carnavais. O conjunto proporciona uma oportunidade única de ver algumas de suas obras-primas e de acompanhar sua trajetória pictórica, pesquisas estéticas, opções construtivas e afinidades eletivas.
Terminando pelo início, a exposição apresenta Fantoches da meia-noite, álbum realizado por Di Cavalcanti em 1921. O conjunto de 16 gravuras, acompanhado de texto do poeta Ribeiro Couto, foi editado por Monteiro Lobato num álbum extremamente moderno para a época e de grande impacto até hoje. Seu lançamento foi um dos pontos de partida da Semana de Arte Moderna de 22, na qual Di Cavalcanti teve um protagonismo às vezes subavaliado pelos estudiosos.