Darel Valença Lins, Sem título, c. 1980. Col. Maisa Byington. Foto: Guilherme Isnard
O centenário de nascimento do desenhista, pintor, gravador, ilustrador e professor Darel Valença Lins (Palmares, PE 1924–Rio de Janeiro, 2017) será celebrado com a exposição DAREL – 100 anos de um artista contemporâneo, no Centro Cultural Correios Rio de Janeiro, sob curadoria de Denise Mattar.
A abertura da mostra panorâmica é quarta-feira, 9 de julho, às 16h, com temporada que se estende até 30 de agosto de 2025.
Com patrocínio do Itaú Cultural, a exposição reúne cerca de 95 obras, abrangendo 70 anos de produção do artista, que marcou sua importância na história da arte do século XX pela excelência das suas litografias à cor e pinturas sensuais.
Seu legado transita entre a gravura em metal, óleo sobre tela, fotomontagem, guache, pastel, desenho e a litografia à cor – técnica da qual foi pioneiro no Brasil.
Percurso da exposição
A mostra está organizada por segmentos, a partir da fase mais conhecida de Darel, a dos anos 1950|60, das séries Topografias e Cidades Inventadas, seguidas dos Anjos. São gravuras, inicialmente em preto e branco, às quais o artista introduz pouco a pouco a cor.
No começo da década de 1970, ele faz uma mudança radical de técnica e começa a trabalhar com pastel e lápis de cera. É deste período a série Mulheres da Rua Concórdia. “Poéticas, patéticas, dolorosas e sensuais são as cenas que Darel retrata de um prostíbulo, instalado na casa em que ele viveu na infância”, descreve a curadora.
Segue-se a este o conjunto intitulado Baixada Fluminense, no qual ele busca poesia em histórias inventadas sobre personagens reais. Sem medo de errar, o artista usa a digigrafia [gravação de imagem por meios digitais], associando colagem, desenho, pastel e guache.
Seus últimos trabalhos são pinturas a óleo de temática floral e uma série de videoarte, realizadas em seu ateliê no bairro carioca de São Conrado nos anos 2000. Nas flores imensas transborda, mais do que nunca, a sensualidade de sua obra.
A exposição conta ainda com um curta de Allan Ribeiro, em que o artista conversa com o cinegrafista sobre Dostoievski, enquanto desenha, apresentado em loop. O longa documental, também de Allan Ribeiro, que inclui suas últimas realizações de Darel, as videoartes, terá sessões programadas, no auditório do Centro Cultural Correios Rio de Janeiro.
© 2024 Artequeacontece Vendas, Divulgação e Eventos Artísticos Ltda.
CNPJ 29.793.747/0001-26 | I.E. 119.097.190.118 | C.C.M. 5.907.185-0
Desenvolvido por heyo.com.br