Érica Magalhães (1984, Muriaé/MG) inaugura na terça-feira, 12 de dezembro, a individual Cristaleira: o que não pode ser visto sem desmentir no piso térreo da Aura.
Com curadoria de Fabíola Rodrigues, a mostra reúne um conjunto de trabalhos recentes da artista produzidos a partir da tensão implicada pelo encontro entre materiais contrastantes. Ao percorrer aproximações entre a utilidade da cristaleira enquanto mobília e o espaço da galeria, são explorados nexos entre colecionismo e as armadilhas de suspensão da realidade instauradas pelo cubo branco.
Se a cristaleira, afinal, corresponde à espécie de móvel paralelamente responsável por alojar e exibir louças e cristais a partir do embaralhamento das relações entre dentro e fora, visível e invisível, transparente e opaco, pensar em um ambiente incumbido por guardar e expor objetos de arte aponta para direção semelhante.
Texto curatorial — Fabíola Rodrigues
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