Carregando Eventos
Home Agenda São Paulo “Cidadela” de Maria Ezou na CAIXA Cultural

« Todos Eventos

“Cidadela” de Maria Ezou na CAIXA Cultural

7 março -08:00 até 4 maio -19:00

Créditos: Mônica Cardim / Divulgação

No dia 07 de março chega à CAIXA Cultural São Paulo, Cidadela, a exposição individual da artista visual Maria Ezou, que convida o público para uma experiência imersiva no universo das infâncias, suas sensações e subjetividades.

Cidadela é uma instalação interativa, que materializa uma cidade imaginária e biocêntrica, uma fortaleza onírica onde os seres humanos, seus corpos, as casas e o restante da natureza são partes de um mesmo sistema: harmônico e fantástico.

Ao chegar na exposição, o público se depara com um portal de entrada, que se assemelha à uma trama de raízes aéreas de mangue e à silhueta de uma montanha. A estrutura, que leva o nome de “estufa”, tem suportes que guardam pequenos vasos biodegradáveis com matéria orgânica; sementes nativas do bioma original da cidade de São Paulo, a Mata Atlântica, e lápis e papel. Ali o público pode realizar suas primeiras interações com a obra, seja pelo plantio de mudas que serão destinadas à restauração ambiental ou realizando um autorretrato que integrará a galeria de novos “habitantes” da Cidadela.

Ao adentrar um pouco mais, descortina-se a cidade formada por 15 “casas-corpos” – esculturas feitas a partir do molde do tronco da própria artista, com diminutas janelas e portas em seu ventre, que dão acesso a minimundos imaginários. No interior de cada “casa-corpo”, o olhar curioso se depara com uma dramaturgia particular, dialogando com um aspecto diferente da infância, interconectado com o fluxo dos corpos e suas distintas emoções, o cotidiano das casas e as dinâmicas da natureza. Para contar cada história, o cenário e objetos, em miniatura, são animados por autômatos mecânicos e eletrônicos, pela transição de luzes e pela trilha sonora individual de cada casa, além de estímulos auditivos como o som das águas, do vento, do pisar na terra e do crepitar do fogo. Cada “casa-corpo” recebe também uma audiodescrição, que promove a acessibilidade.

O fio condutor das obras são as artes têxteis, que Ezou intersecciona com o teatro de animação, a arte eletrônica, o audiovisual, a literatura, as musicalidades e os autômatos artesanais. Ela ainda emprega técnicas auxiliares como marcenaria, serralheria artesanal e colagem e, por fim, as conecta a saberes como mecânica do movimento, arquitetura vernacular, biologia e agroecologia. Assim, Maria tece o enredo que resulta na narrativa maior, o mundo sonhado da Cidadela.

Para proporcionar uma experiência plena às crianças, a expografia respeita as dimensões dos pequenos, e os minimundos são localizados na altura do olhar da criança. Para os adultos, o convite é para que experimentem a Cidadela a partir do ponto de vista dos pequenos.

A exposição pretende reafirmar o corpo como espaço de autonomia e alteridade e, por isso, cada espectador escolhe sua trilha de visitação, descobrindo, em cada Casa, um universo particular e a temática inerente à infância daquela obra. Compõem a Cidadela as Casas Gestar; Infância; Memória; Amor, Raiva; Empatia; Espera; Afeto; Alegria; Proteção; Desafio; Preguiça; Liberdade; Medo e Tristeza.

Em Cidadela, o corpo de Maria Ezou é o corpo do universo. Raízes, corpo, montanha. Mulher-natureza, guiada por mapas, casas e seus interiores – cartografias que apontam para a direção coletiva. Cartógrafa dos afetos, parte das espacialidades e mergulha nas infâncias como um ato político. Onde o caminhar coletivo é o único possível.

Hoje as obras de Ezou estão situadas no campo das artes visuais, da performance e da instalação, mas, nos primeiros anos de sua trajetória, produziu muitos trabalhos para o campo das artes cênicas e com teatros de grupo, assim aprendeu e aprimorou seu ofício na lógica da colaboração e coletividade. Em a Cidadela, essa dinâmica segue presente. As obras da exposição têm a concepção e realização individual de Maria Ezou, mas contam com a colaboração de outros artistas e mestres de diferentes ofícios, que, convidados por Maria, trouxeram sua especialidade para o processo de preparação das obras. Entre os 17 convidados estão André Mehmari (produtor e intérprete musical); Heloisa Pires Lima (dramaturgia do movimento); Juliana Notari (dramaturgia do movimento); Mônica Cardim (fotografia artística); Leonardo Martinelli (composição musical); Willian Oliveira (desenvolvimento dos sistemas eletrônicos); Cristina Souto (desenho de luz), entre outros.

A exposição, que segue para a CAIXA Cultural Rio de Janeiro e Curitiba na sequência da temporada paulistana, integra o projeto homônimo, Cidadela, que, em diferentes formatos, já passou, desde 2019, por Minas Gerais, Brasília e São Paulo e Fortaleza, somando mais de 31.000 espectadores.

Detalhes

Início:
7 março -08:00
Final:
4 maio -19:00
Categoria de Evento:
Website:
https://www.caixacultural.gov.br/Paginas/SaoPaulo.aspx

Local

CAIXA Cultural São Paulo
Praça da Sé, 111 – Centro
São Paulo, SP
+ Google Map

© 2024 Artequeacontece Vendas, Divulgação e Eventos Artísticos Ltda.
CNPJ 29.793.747/0001-26 | I.E. 119.097.190.118 | C.C.M. 5.907.185-0

Desenvolvido por heyo.com.br