- Este evento já passou.
“Casa no Céu” e Nicolás Bacal na Galeria Vermelho
28 junho, 2023 - 10:00 - 5 agosto, 2023 - 19:00
Casa no Céu é uma exposição coletiva em homenagem à artista Rochelle Costi. A exibição também serve como homenagem a todos os artistas que, direta ou indiretamente, contribuíram para a fomentação da galeria. A mostra apresenta 130 trabalhos de 64 artistas de diferentes gerações e de 18 galerias diferentes formando uma constelação de afetos e ideias de artistas, amigos, artistas-amigos e do circuito artístico da cidade. Inaugura também no mesmo dia, a terceira individual La profundidad de las cosas (A profundidade das coisas) de Nicolás Bacal na galeria e também a terceira fase da ocupação I AI na banca Tijuana pela Keila Alaver. Casa no céu parte de uma fotografia de Rochelle Costi, de mesmo nome. Na imagem, uma pequena casa laranja se eleva dos prédios da cidade e encontra um céu limpo e azul. A partir disso, a Vermelho olhou para o céu, para as nuvens, e para as estrelas, para reunir 64 artistas e 130 obras. A exposição reúne criadores de várias gerações, e se torna uma constelação de afetos com artistas que passaram de alguma forma pela Vermelho, ou cujas ideias ecoaram pela galeria em seus 21 anos de atuação. A profundidade das coisas é uma série de 24 fotografias criadas a partir de um planisfério estelar. Bacal isolou e separou o plano galáctico (a Via Láctea) em 24 fragmentos que usou como guias precisas para compor suas imagens. O artista colocou objetos domésticos sobre uma mesa preta, seguindo as posições das estrelas e nebulosas. Para estrelas pertencentes a qualquer uma das constelações da ciência moderna, ele posicionou os objetos em uma altura precisa. Bacal usou uma profundidade de campo muito rasa para que apenas esses objetos estivessem em foco. Ao fundo, itens como palha de aço, grãos de arroz, nozes, botões, etc., perdem sua definição e se transformam em misteriosas formas galácticas. A obra também serve como uma homenagem doméstica às imagens astronômicas captadas pelos telescópios Hubble e Webb. O mundano se transforma no estelar, revelando uma cosmologia da desordem.