A exposição intitulada Clocks, apresenta novas obras e trabalhos anteriores raramente vistos de Carsten Höller. Ocupando a galeria na Rue de Castiglione e a vitrine voltada para o exterior na Rue de Ponthieu, a exposição concentra-se em como a medida do tempo afeta as formas humanas de ser. “Eu queria fazer o relógio mais complicado do mundo”, diz Höller sobre “Half Clock” (2021). Nesta escultura de néon, três esferas encapsuladas de tubos de iluminação curvos representam segundos, minutos e horas. O tempo é indicado pela divisão da superfície de cada esfera em unidades espaciais, que são divididas em partes consecutivamente menores. Embora metade do tempo não seja representado de forma alguma – daí o título da obra – a precisão do relógio aumenta a cada subsequente divisão do espaço. Além das obras que representam uma conexão explícita e ativa entre tempo, cronologia, movimento e espaço, a mostra também conta com “Giant Triple Mushroom” (2023), uma escultura de dois metros de altura em alumínio policromado. A forma da obra combina seções transversais ampliadas de três espécies diferentes de cogumelos, incluindo o cogumelo venenoso de cabeça vermelha (Amanita muscaria), que reflete o fascínio de Höller com a ideia de que esse fungo notoriamente tóxico e alucinógeno pode ter desempenhado um papel no desenvolvimento do xamanismo e, desta maneira, constitui uma ligação com a antiga cultura. As três espécies também representam o tempo evolutivo, pois as diferentes formas, cores e ingredientes psicoativos de seus corpos frutíferos certamente evoluíram a partir de um ancestral comum. Por fim, “Giant Triple Mushroom” ressoa com a exploração contínua de Höller sobre duplicação e ruptura e, portanto, com a divisão e subdivisão do tempo que é visualizada nas obras dos relógios.
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