Betye Saar no Isabella Stewart Gardner Museum

Celebrada artista contemporânea e figura principal do Black Arts Movement nos anos 1970, Betye Saar (1926, Estados Unidos) é uma viajante, colecionadora e contadora de histórias. A individual Betye Saar: Heart of a Wanderer explora as viagens de Saar à África, Ásia, Europa e Américas, destacando obras influenciadas por suas muitas viagens e seu envolvimento com histórias globais de viagens. Através dessas obras profundas, a artista reflete sobre temas de raça, colonialismo, migração forçada e sistemas espirituais que misturam tradições religiosas de todo o mundo. Mostrando os livros de esboços que ela usava para capturar ideias durante suas viagens e, mais tarde, como inspiração para seus trabalhos finais, a exposição celebra o processo criativo de Saar e sua capacidade de conjurar a experiência de transporte de uma viagem para um lugar distante. Tanto Saar como a fundadora do Museu, Isabella Stewart Gardner, compartilham uma paixão por viagens, visitando cada uma em sua época os mesmos destinos e mantendo registros visuais pessoais de suas experiências. Esaa exposição e sua companheira de exposição, Fellow Wanderer: Os álbuns de viagens de Isabella, revelam os pontos em comum e as diferenças entre suas experiências de viagem. Eles nos convidam a pensar criticamente sobre as complexidades da viagem e seu impacto sobre o viajante. Nascida na Califórnia em 1926, Betye Saar é conhecida por seu trabalho com montagem e narração visual de histórias. Saar cria assemblages complexas que confrontam o racismo e estereótipos americanos e interroga temas da história pessoal ou coletiva, da memória e do místico. Saar recebeu um B.A. em design pela Universidade da Califórnia, Los Angeles, em 1947, e é a ganhadora de numerosas bolsas e prêmios, incluindo o National Endowment for the Arts Artist Fellowship em 1974 e 1984, e mais recentemente o Wolfgang Hahn Prize em 2020 e a Medalha W.E.B. Du Bois em 2022.