A Almine Rech New York, Tribeca, apresenta Between dogs and wolves, a sexta exposição individual de Alexandre Lenoir com a galeria, em exibição de 6 de setembro a 19 de outubro de 2024.
Na exposição individual de Alexandre Lenoir na Almine Rech New York, o canto superior esquerdo de uma de suas telas contém a enigmática e atraente frase “Tape the sky at the beginning” (“Fixe o céu no começo”). Direta e instrutiva, mas ao mesmo tempo profunda e poética, essa frase ilumina o cerne do processo artístico distinto de Lenoir e seus fundamentos rigorosos, conceituais, físicos e metafísicos. Antes de mais nada, a frase se refere ao método característico de Lenoir de prender tinta sob fita adesiva para replicar a natureza, representar uma imagem e, como demonstrado nas obras da exposição, mostrar seu contínuo experimento com material e cor. A escrita lírica também oferece uma visão sobre a prática de estúdio de Lenoir, um elemento conceitual crucial de seu trabalho. De fato, o texto foi escrito como uma “instrução” direta para um assistente de estúdio. Essas instruções fazem parte do que o artista chama de seu “protocolo” ou “receita” para uma pintura.
Os meticulosos protocolos de Lenoir aparecem na forma de gráficos para os assistentes de estúdio e refletem sua própria remoção (sua própria ausência) do processo de pintura em busca de uma imagem guiada pelo acaso, uma que ele mesmo não poderia fazer, ou melhor, decidiu não fazer, já que literalmente se afastou. Mas aqui está o inerente a esse protocolo: ao se destacar, o artista se torna notável em sua própria ausência. O artista brilha através de sua ausência. Ele se revela por meio de sua própria remoção. Comparando o artista a um maestro ou arquiteto, Lenoir se baseia nas estratégias formais e conceituais dos movimentos artísticos vanguardistas pioneiros ao longo do cânone histórico da arte, que vão de Les Nabis ao Fluxus.
As obras da exposição também evocam a presença de Andy Warhol e Alighiero Boetti na prática conceitual, ou de fato metafísica, de estúdio de Lenoir. A prática de Lenoir pode ser chamada de “metafísica” no sentido simples de “meta-física”—meta: depois ou além; física: natureza, presença. Na medida em que Lenoir retira seu próprio eu, sua própria presença, do ato de criar a obra, seu papel é de fato metafísico, ou além do físico. Enquanto nos demoramos no início, fixemos o céu e cruzemos o limiar para o mundo pictórico de Alexandre Lenoir.
— Um ensaio completo de Joachim Pissarro estará disponível no local e será destaque na próxima monografia da Skira. O ensaio também estará disponível mediante solicitação.
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