Pivô recebe Beijo, exposição de Mariela Scafati e Hélio Oiticica. Para Gonzalo Aguilar, autor do texto crítico, a exposição desloca a ideia de corpo e obra, trabalhando com as pinturas, as telas, as cores, as cordas, o teatro em miniatura (o kamishibai), os sentidos dos espectadores e até o próprio ar como corpos. Diz o autor: “A exposição retira as pinturas das paredes, uma prática tão antiga e banal quanto intimidante, e as dispõe no espaço. São obras em suspensão. Beijo é uma celebração e uma investigação do contacto, e de como o contacto funciona nas nossas vidas e na sua política (isto é, nas formas de criar laços).” Organizada pela galeria ISLA FLOTANTE em parceria com a Gomide&Co, a exposição inaugura no dia 26 de outubro (sábado), das 13h às 16h.
Mariela Scafati (Olivos, Argentina, 1973) vive e trabalha em Buenos Aires. Estudou artes visuais na E.S.A.V. Bahía Blanca, Buenos Aires, e participou das oficinas de Tulio de Sagastizábal, Pablo Suárez e Guillermo Kuitca. Considerada uma das mais importantes artistas argentinas de sua geração, Scafati trabalha a partir da sua formação como pintora e serigrafista e de suas experiências com ativismo social e educação. Foi co-fundadora da ação Taller Popular Serigrafía (2002-07) e é membro do coletivo Serigrafistas Queer desde 2007, criando materiais como slogans e stencils utilizados nas marchas do orgulho LGBTTTIQ+ na Argentina. A artista articula em suas obras experimentações formais, temática queer e questões sociais, políticas e econômicas de seu país. Além de individuais pela Argentina, suas obras têm sido apresentadas em coletivas na América Latina, Europa e nos Estados Unidos. Suas obras fazem parte de importantes coleções institucionais, como: Museo de Arte Latinoamericano de Buenos Aires (MALBA); Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía (MNCARS), Madri; Solomon R. Guggenheim Museum, Nova York; entre outros.
Hélio Oiticica (Rio de Janeiro, Brasil, 1937–1980) é um dos principais nomes da arte brasileira na segunda metade do século XX. Iniciou seus estudos artísticos no Curso Livre de Pintura de Ivan Serpa, no MAM Rio, em 1954, desenvolvendo trabalhos marcados pela experiência do movimento de arte concreta da época. Entre 1955 e 56, foi membro do Grupo Frente, assinando o Manifesto Neoconcreto (1959), a partir do que seu trabalho se expandiu no sentido de abarcar o espectador como participante da obra. Durante a década de 1960, desenvolveu algumas de suas séries mais conhecidas (Bilaterais, Relevos Espaciais, Núcleos, Penetráveis e Bólides) e participou de coletivas consideradas históricas, como Opinião 65 (1965) e Nova Objetividade Brasileira (1967), ambas no MAM Rio. De 1970 a 78, viveu em Nova York como bolsista da John Simon Guggenheim Memorial Foundation, realizando experiências com filmes em super-8. Retornou ao Rio de Janeiro em 1978, falecendo prematuramente em 1980. Suas obras são apresentadas em individuais e coletivas ao redor do mundo e fazem parte de renomadas coleções institucionais, como: Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM Rio); Inhotim, Brumadinho, MG; Museo de Arte Latinoamericano de Buenos Aires (MALBA); The Museum of Modern Art (MoMA), Nova York; Tate Modern, Londres; entre outras.
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