Obra de Clarice Cunha – Divulgação
augusta, Augusta é um projeto de aparelhagem do território que surge da parceria com um dos pontos culturais mais importantes da cidade de São Paulo, o Espaço Petrobras de Cinema, agente de transformação da localidade que ocupa ao longo da história da Rua Augusta. A iniciativa busca articular o cinema como um espaço de circulação e produção artística contemporânea brasileira, a partir da ativação da praça central do espaço como local expositivo. “Queremos fomentar o encontro, gerar debates e contribuir para a formação das gerações de fazedores de arte a partir da criação de contextos acessíveis e em diálogo com um projeto de cidade que valoriza a ação cultural como ferramenta de transformação social, são os principais objetivos desta parceria, afirmam os curadores”.
augusta, Augusta surge como desdobramento da lapa, Lapa, uma experiência inaugurada em 2024, que propõe articular a relação de um espaço cultural com o território que ocupa. A partir do desejo de expandir essa experiência surge aparelho, Aparelho, projeto que pretende mapear espaços potenciais na cidade de São Paulo que se interessem em receber ações artísticas que ativem características do seu entorno a partir do recorte cultural. augusta, Augusta é a primeira duplicação da iniciativa, afirmando a intencionalidade do projeto de seguir ocupando a cidade, assumindo seu caráter móvel e o potencial de crescimento, adaptação e conversa com diferentes contextos.
Nesse sentido, o encontro com o Espaço Petrobras de Cinema é emblemático, tendo em vista a importância simbólica e de resistência que esse espaço possui. O cinema tem uma história de mais de 30 anos e foi palco de eventos importantíssimos, sempre mantendo um posicionamento claro em relação ao incentivo à circulação de novos artistas e agente ativo no cenário cultural da cidade. Isso se dá, justamente porque o cinema busca a convivência com o seu entorno, se confunde com as características do espaço que ocupa, sofre diretamente com as mudanças e os tensionamentos que o circundam, se abre pra rua e a rua é onde está contida todas as teias de relações de uma sociedade. Aderir a um projeto de ocupação artística em um espaço como esse é desafiar as contradições de se fazer arte em um país como Brasil e buscar na parceria maneiras de seguir existindo.
Para o primeiro ciclo de ocupação artística, convidamos os artistas Anna Costa e Silva, Clarice Cunha, Manuela Costa Lima, Manuela Libman, Maria Clara Contrucci e Wagner Olino para ocupar a praça central e o anexo do cinema, se apropriando desse contexto para experimentar diferentes linguagens artísticas a partir da especificidade do espaço. A curadoria aborda conceitos como tempo de atenção, repetição de imagens, sua produção, criação e descarte cada vez mais acelerada, o espaço virtual em relação a uma materialidade em ruínas, entendendo os embates que acontecem nesses encontros, apostando que assim de fato se muda mundos e se constrói novas percepções da realidade.
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