Edo Costantini , “Colourful leaves Pink”, 2022. Katonah, New York.
No dia 6 de setembro, Edo Costantini, artista representado pela Galeria Mario Cohen, inaugura sua primeira exposição individual em museu, no Museu de Arte Contemporânea de Niterói (MAC Niterói), no Rio de Janeiro, Brasil. Com curadoria de Nicolas Martin Ferreira e texto de Paulo Herkenhoff, a mostra reúne uma década de produção, incluindo fotografia, vídeo, música e uma série de esculturas em bronze, estas últimas criadas em colaboração com sua esposa, a artista Delfina Braun, e a arquiteta Delfina Muniz Barreto.
A obra fotográfica de Edo gira em torno do sublime na natureza, retratado por meio de representações etéreas das florestas no norte do estado de Nova York. A série, capturada entre 2013 e 2025, reflete sobre o ato de medir a própria existência dentro do fluxo em constante transformação do tempo. Suas caminhadas diárias pelas paisagens serenas de Katonah – Bedford Hills tornam-se um portal para revelar o extraordinário no ordinário, para perceber o invisível e para moldar imagens novas e instigantes a partir disso.
Inspirada nessas caminhadas e em pesquisas sobre plantas sagradas, a exposição apresentará 20 fotografias em grande formato, uma instalação sonora intitulada Opium Whispers Sound Sculpture e a projeção de Last Survivors, um filme de 30 minutos, realizado no mesmo período.
Last Survivors é uma meditação celebratória sobre a resiliência da natureza e o despertar da humanidade. Filmado na solidão da pandemia e revelado cinco anos depois, o filme se ergue como tributo e profecia, um lembrete urgente de que, embora a humanidade possa sofrer, a natureza persiste. Narrado pela atriz islandesa Hera Hilmar, com roteiro de Costantini e Martín Hadis — especialista em Jorge Luis Borges e literatura nórdica —, o filme conta uma história de perda, sobrevivência e transcendência. A trilha evocativa, composta pelo próprio Costantini com sua banda The Orpheists, entrelaça-se à narrativa, criando uma atmosfera de luto e esperança.
Em diálogo com as fotografias, o coletivo formado por Delfina Braun, Edo Costantini e Delfina Muniz Barreto apresenta novas esculturas em bronze que habitam silenciosamente as galerias do museu. Combinando suas disciplinas — escultura, som e instalação —, o trio explora as formas e ritmos da natureza, celebrando a beleza das flores e de outros elementos vivos, refletindo sobre a ligação entre dor e cura. “Cada um de nós contribuiu com seu conhecimento, e juntos exploramos diferentes dimensões, tempos e espaços”, afirmam.
As obras mais recentes exploram o que está além da visão: as forças ocultas essenciais ao nosso ser. Duas esferas evocam a magia silenciosa do micélio, a rede invisível por meio da qual o mundo natural se conecta e se regenera. Dessa teia subterrânea emergem duas esculturas em diferentes escalas, inspiradas no raro e fascinante cogumelo conhecido como “véu-de-noiva” (lady’s veil). Reconhecido por sua beleza exótica e há muito valorizado por suas propriedades medicinais e restauradoras, ele se torna aqui tanto uma forma natural quanto uma metáfora de resiliência e renovação.
Além disso, como parte da exposição, será publicado um catálogo em capa dura, encadernado em tecido, com uma fotografia central na capa. Com 110 páginas, ele traz reproduções integrais das obras expostas, bem como textos de Nicolas Martin Ferreira, Paulo Herkenhoff e Barbara Golubicki, oferecendo múltiplas perspectivas sobre a exploração de uma década de Costantini em torno da natureza, da luz e da conexão humana com o ambiente.
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