© Corinna Del Bianco
O Instituto Italiano de Cultura de São Paulo (IICSP) apresenta, de 23 de maio a 31 de julho, a exposição “Arquipélago. Culturas Insulares”, da fotógrafa italiana Corinna Del Bianco. Com entrada gratuita, a mostra reúne 44 fotografias e um vídeo que documentam a profunda relação entre comunidades insulares do Mediterrâneo e seus ambientes naturais. A exposição é realizada em colaboração com o Festival de Fotografia de São Paulo e acontece no âmbito do Festival Cidade da Cultura.
O projeto destaca a cultura resiliente dessas populações, que souberam adaptar-se a condições adversas como escassez de água, ventos extremos e terrenos áridos, desenvolvendo uma convivência harmônica e produtiva com a natureza. A exposição investiga práticas históricas de aproveitamento da terra, agricultura, pesca e atividades extrativistas, assim como os desafios contemporâneos relacionados ao turismo e à gestão de recursos.
Entre os exemplos retratados, está a ilha de Pantelária, com sua agricultura “heroica” e a tradicional poda em taça da videira – reconhecida como Patrimônio da Humanidade pela Unesco –, além de Elba, Giglio e Favignana, que ainda preservam marcas de sua vocação extrativista. Também se destacam as termas e vinhedos de Ísquia, a aridez extrema de Giannutri e a produção vinícola singular da ilha de Górgona, desenvolvida por uma colônia penal.
Lillo Teodoro Guarneri, diretor do IICSP, comenta que “estas fotos nos ajudam a redescobrir outra maneira de viver, mais autêntica. Testemunham a existência de um equilíbrio diferente entre a atividade humana e seu entorno, concebendo-os como um unicum, ao invés de entidades separadas. Espero que a exposição traga uma reflexão sobre o que deve ser reconquistado, mantido e valorizado da cultura artesanal e do modus vivendi do nosso passado na Itália e no Brasil – esta última, rica em tradições culturais antigas e variegadas, fruto de suas raízes europeias, mas também e, sobretudo, africanas e ameríndias”.
“Arquipélago” insere-se no âmbito da Convenção da UNESCO de 2005 para a proteção e promoção da diversidade das expressões culturais e é um projeto de documentação de longo prazo, iniciado em 2018, com duração prevista de 50 anos. O objetivo é valorizar a identidade cultural das ilhas mediterrâneas e refletir sobre os efeitos do despovoamento sazonal e do turismo de massa, que ameaçam essas paisagens culturais únicas.
Visitação:
Segunda a quinta-feira, das 9h às 20h (instalação de vídeo disponível até 17h30)
Sexta-feira, das 9h às 20h (instalação de vídeo disponível até 13h)
Sábado, das 9h30 às 12h30 e das 13h às 18h (sem instalação de vídeo)
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