A primeira exposição individual de Andrea Fraser como artista representada da Marian Goodman Gallery traz uma breve pesquisa de seu trabalho no final dos anos 1980-90 e início dos anos 2000, além de ser a estreia em Nova York de uma instalação de vídeo. Andrea Fraser é amplamente reconhecida como uma das vozes mais radicais da crítica institucional. Seu trabalho utiliza análise conceitual rigorosa, humor e pathos para questionar os aspectos sociais, econômicos e políticos sistemas incorporados em instituições e práticas culturais, expondo nossos envolvimentos e participação implícita dentro desses sistemas. Os 6 trabalhos selecionados para a mostra representam quatro décadas de produção, com destaque para a abordagem provocadora e autorreflexiva de Fraser ao enfocar a questão identitária a partir de aspectos nacionais, culturais e sociais. Quatro obras de 1989 a 2003 criam diálogos entre diversas mídias, como vídeo, fotografia, texto e escultura. Esses trabalhos demonstram o compromisso de longa data de Fraser com a crítica da experiência cultural no âmbito da economia, do turismo global rumo às megaexposições internacionais, passando pelas visitas aos museus mais famosos. Neles, Fraser examina a relação entre racismo, colonialismo, nacionalismo e apropriação cultural. Welcome to the Wadsworth (1991), uma das primeiras “visitas ao museu” de Fraser, examina o etnonacionalismo ianque que permeia o discurso do museu e como ele se conecta à segregação econômica e racial. White People in West Africa (1989/1991/1993) critica as relações coloniais e o turismo por meio de fotografias tiradas em viagens pela própria artista. Reporting from São Paulo, I’m from the United States (1998) é composta de cinco reportagens sobre a Bienal de São Paulo criadas para a televisão brasileira, abordando a antropofagia em relação ao neocolonialismo, à globalização e à concentração de riqueza. Um Monumento às Fantasias Descartadas [A Monument to Discarded Fantasies] (2003) uma escultura monumental composta por trajes de carnaval descartados e coletados pela artista nas ruas do Rio de Janeiro, serve como uma materialização poética da potencial fluidez da identidade. Finalmente, o mais recente vídeo de Fraser, This meeting is being recorded (2021), faz sua estreia em Nova York em sessões de 99 minutos, articulando temas como raça, sexo e idade em um grupo intergeracional de sete mulheres brancas, incluindo a própria Fraser.
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