A Galleria Continua apresenta a primeira grande exposição individual dedicada à artista brasileira e importante figura da cena contemporânea internacional, Ana Maria Tavares. Concebida como uma nova iteração de obras importantes, Sortir du silence: au-delà de la modernité reflete sobre as diversas implicações políticas, econômicas e sociais do movimento modernista no Brasil e destaca a dualidade entre natureza e artifício em um contraste permanente característico do trabalho da artista. Nascida em 1958 em Belo Horizonte, Brasil, Ana Maria Tavares vive e trabalha em São Paulo, onde é professora e pesquisadora de arte desde 1982. Sua produção questiona o movimento modernista nascido quase um século após a independência de seu país, característico dos grandes projetos da capital brasileira, como uma construção ideológica com efeitos inesperados. Suas obras confrontam técnicas industriais com artesanato, reintroduzindo a ornamentação – elemento eliminado da arquitetura brasileira desde a década de 1920 – para questionar gênero, origem e alteridade, temas geralmente ignorados pelo movimento modernista. Tavares desenvolve encenações que suspendem o tempo e convidam o espectador a prestar maior atenção às obras de arte que os cercam. Ao se imergir em uma realidade artística alternativa, o espectador pode realmente questionar a essência das obras e ir além de uma compreensão puramente estética delas. Essa necessidade essencial da artista de eliminar a cronologia, presente tanto em suas obras sem data quanto em suas instalações que colocam o espectador em outra realidade atemporal, tem suas raízes no desafio ao controle permanente experimentado em nossas sociedades modernas, que afasta as pessoas do momento presente. Ana Maria Tavares explora também a ligação entre natureza tropical e arquitetura modernista. Central para o trabalho da artista, a arquitetura é questionada como uma construção ideológica ao comparar o trabalho de figuras modernistas como Adolf Loos (1870-1933), Le Corbusier (1887-1965), Oscar Niemeyer (1907-2012) com arquitetos que se afastaram desse modelo, como no caso de Lina Bo Bardi (1914-1992).
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