Amy Sherald, “Miss Everything (Unsuppressed Deliverance)”, 2014. Coleção particular. © Amy Sherald. Cortesia da artista e Hauser & Wirth. Foto: Joseph Hyde
Amy Sherald é uma contadora de histórias. Suas pinturas, meticulosamente construídas, revelam narrativas da vida americana ao retratar pessoas comuns com uma precisão estilística que une observação e imaginação. Sherald (nascida em 1973, Columbus, Geórgia) baseia suas obras em indivíduos específicos, mas vai além do retrato tradicional: ela centra suas composições em pessoas negras comuns nos Estados Unidos, cuja individualidade é apresentada como algo ao mesmo tempo extraordinário e cotidiano. Cada figura convida o espectador a entrar em um universo cuidadosamente concebido pela artista.
Nesta exposição, retratos de americanos comuns se unem a obras icônicas, como o retrato da ex-primeira-dama Michelle Obama e o comovente retrato póstumo de Breonna Taylor, formando uma ode à multiplicidade e à complexidade da identidade americana.
Sherald também pinta as imagens que deseja ver no mundo. Embora se considere herdeira da tradição realista americana de artistas como Edward Hopper — um gênero fundamental para a história do Whitney Museum —, Sherald volta seu olhar para uma população historicamente excluída da história da arte e da representação visual: os negros americanos. Assim, propõe uma expansão da genealogia do realismo americano, sugerindo outra linhagem, oriunda dos departamentos de arte e galerias das universidades e faculdades historicamente negras dos EUA (HBCUs), onde ela se formou como artista, e que inclui nomes muitas vezes negligenciados como William H. Johnson, Archibald Motley e Laura Wheeler Waring.
Em Amy Sherald: American Sublime, os retratados parecem voltados para sua própria interioridade — priorizando sua paz e autorrealização em vez da percepção alheia ou dos grilhões da história, embora inevitavelmente impactados por ambos. Seu projeto ambicioso e sensível revela o que a artista descreve como o “encanto de ser uma pessoa negra americana”, construindo, em vibrante Technicolor, um mundo negro pleno, complexo e livre de amarras.
Amy Sherald: American Sublime é organizada pelo San Francisco Museum of Modern Art (SFMOMA) e teve curadoria de Sarah Roberts, ex-curadora Andrew W. Mellon e chefe do departamento de pintura e escultura no SFMOMA. A apresentação no Whitney Museum of American Art é organizada por Rujeko Hockley, curadora associada Arnhold, com David Lisbon, assistente de curadoria.
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