Part Two: Run é o momento máximo de uma série de exposições para o lançamento do ambicioso filme Run, realizado por Alex Prager, artista baseado em Los Angeles. As exposições anteriores aconteceram na Lehmann Maupin Palm Beach, em novembro de 2022, e na Lehmann Maupin London, em janeiro de 2022. Junto com a exibição de Run, a individual traz trabalhos recentes de Prager, mais especificamente uma seleção de suas novas fotografias e esculturas. Respondendo diretamente a um período de ambivalências e incertezas culturais, a produção do artista enfoca a perseverança humana e explora as oportunidades de empatia, participação e ação presentes tanto na arte como na vida cotidiana da atualidade a partir de uma concepção estética que remete a uma iconografia muitas vezes de época, outras tantas atemporal. Ao longo de sua prática, Prager elabora narrativas ricas e muitas vezes ambíguas que examinam as mitologias e arquétipos culturais que moldam a existência coletiva. Ao implantar e desconstruir convenções artísticas e narrativas, Prager explora como tanto os sentidos do Eu quanto o engajamento com os Outros, frequentemente mediados por histórias familiares. Ocupando uma tênue relação de tempo e lugar, as imagens cuidadosamente coreografadas do artista permanecem suspensas entre o passado e o presente, representando uma vontade coletiva de existir que não apenas transcende circunstâncias imediatas, mas persiste apesar delas. A base para o último conjunto de obras de Prager é o novo e poderoso filme do artista, Run. Apresentando composições musicais de Ellen Reid e Philip Glass e estrelando Katherine Waterston, o filme explora arquétipos cinematográficos e o humor baseado no absurdo, enquanto examina a resiliência humana diante da catástrofe. No enredo, um dia que seria comum irrompe no caos quando uma esfera maciça e espelhada vai sendo empurrada por toda uma comunidade. Aqui, o movimento para frente é contraposto a uma retrospectiva. As figuras colidem com seus próprios reflexos na superfície da esfera, e Prager sugere um ajuste de contas curativo e coletivo com forças fora do controle das pessoas. Nesse capítulo da mostra em 3 partes, Run dialoga com fotografias e esculturas que complexificam e enriquecem ainda mais as questões fundamentais do filme. Um exemplo é o trabalho fotográfico Sleep (2022, foto), que mostra uma cena de Run: uma porção de pessoas deitadas no chão após uma colisão em alta velocidade com a bola espelhada. Seu humor desconstrói as convenções do filme, revelando o potencial para o absurdo na suspensão de um único momento no tempo.
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