Estranho Comum é a primeira exposição individual de Adriel Visoto (Brazópolis, 1987) como artista representado pela Verve Galeria e também sua primeira exposição individual na cidade de São Paulo. O pintor mineiro apresenta em seus trabalhos pequenas narrativas privadas, confessionais com toques autobiográficos em torno de experiências triviais e rituais cotidianos, vivenciados sobretudo no espaço doméstico. As pinturas são sempre desenvolvidas em pequenos formatos, escolha que acentua e reforça suas dimensões objectuais, domésticas e afetivas. Acerca dos pequenos formatos característicos do trabalho, o curador Ivo Mesquita, que assina o texto crítico da mostra, ressalta sua qualidade enquanto “objetos preciosos e singulares, que miniaturas e pequenos formatos – sempre próximos das mãos, do olhar, do corpo – atravessaram os tempos guardando memórias, e persistem, conceito e forma, entre as práticas da pintura contemporânea”. Evidenciando o momento de forte valorização da linguagem da pintura figurativa nos dias atuais, Mesquita ainda comenta como “a figuração tem esse efeito desviante, (…) introduzindo subjetividade, representação, sentimento no plano da representação. E o artista faz isso de forma elegante, sóbria e sedutora.” As cenas retratadas poderiam sugerir uma narrativa de cunho puramente autobiográfico, por conta do caráter intimista e afetivo, mas não seria este seu aspecto principal, como conclui o curador: “Se alguma história está inserida nestes fragmentos, por vezes cinemáticos, a sua reconstrução é deixada ao espectador, que projeta na tela uma experiência semelhante ou diversa daquela representada.”
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