Em 6 de outubro, a Millan inaugura a exposição A pintura como verbo, individual de Mariana Palma (1979, São Paulo, SP, Brasil), em seu espaço expositivo no número 1.430 da rua Fradique Coutinho. Com curadoria de Ivo Mesquita, a mostra é a primeira de Palma desde a sua entrada no time da galeria.
Em A pintura como verbo, Mariana Palma apresenta trabalhos inéditos produzidos em 2023. O conjunto mostra a nova direção tomada na obra da artista, que agora faz uma profunda investigação da pintura e dos processos de geração de imagens.
Suas pinturas formam um mundo particular com formas voluptuosas e cores pulsantes e se concentram na sensualidade do olhar. Para o curador da exposição, Ivo Mesquita, a artista constitui um algoritmo poético ao manipular uma coleção de imagens (de seres vegetais e animais), que criam, por meio de um habilidoso trabalho pictórico, espaços teatrais e fantásticos, onde tecidos enlaçados e dobrados se unem em formas curvilíneas ao redor de um eixo único.
Outro desdobramento da pesquisa de Palma, na qual ela explora as possibilidades da impressão sobre tecidos translúcidos, é exibbido em uma instalação que dialoga com a escala arquitetônica da galeria. A instalação apresenta uma série de “naturezas mortas”, provenientes de fotografias da artista que reúnem folhas secas, plantas, animais, frutas em diferentes estágios de decomposição. Suspensas por todo o pé-direito da galeria, esses tecidos criam uma cena que provoca a reflexão sobre temporalidade e vitalidade.
Uma série de bordados, também suspensos no teto, completa a exposição. Além de vanitas, as obras da série recebem intervenções feitas com bordados, que acumulam símbolos, texturas e relevos e, assim, estabelecem contrastes no diálogo com as pinturas de aspecto liso.
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