Divulgação Fondazione Prada
A Kind of Language: Storyboards and Other Renderings for Cinema é uma exposição com curadoria de Melissa Harris que investiga o processo criativo por trás da produção cinematográfica, explorando storyboards e outros materiais essenciais, como mood boards, desenhos e esboços, scrapbooks e cadernos, roteiros anotados e fotografias.
Instalada nos espaços do Osservatorio, a mostra reúne mais de 800 itens produzidos entre o final da década de 1920 e 2024 por mais de 50 autores, incluindo diretores de cinema, diretores de fotografia, artistas visuais, designers gráficos, animadores, coreógrafos e outros colaboradores na criação de filmes e vídeos.
Georges Méliès foi um dos primeiros cineastas a utilizar desenhos preparatórios detalhados para visualizar previamente as cenas de seus filmes de fantasia e ficção científica, como Viagem à Lua (Le voyage dans la lune, 1902). No entanto, a origem formal do storyboard remonta ao início do século XX, estreitamente ligada ao desenvolvimento da animação. A partir da década de 1930, os Fleischer Studios e a Walt Disney Productions – seguidos nos anos 1940 pela United Productions of America – passaram a encomendar esboços sequenciais e outros recursos visuais para estruturar a narrativa e os personagens. Desde então, o storyboard se tornou uma ferramenta fundamental para a criação de filmes, sejam animados ou live-action, oferecendo uma representação visual sistemática do desenrolar da história. Décadas depois, essa prática continua sendo essencial, como demonstram os desenhos preparatórios de Hayao Miyazaki e do Studio Ghibli incluídos na exposição.
Segundo Melissa Harris: “Para muitos, o storyboard é uma parte essencial do processo: definir visualmente uma cena e planejar seu fluxo pode ajudar a equipe do filme a compreender as relações entre os personagens, desenvolver a narrativa ou capturar a essência de um momento específico. Ele também pode servir para resolver problemas, como quando algo não parece convincente em um personagem ou interação física, além de oferecer referências visuais para os atores. Do ponto de vista técnico, storyboards auxiliam os cineastas a determinar os ângulos ideais para iluminação e filmagem, bem como o uso de dissolvências e efeitos especiais.”
O design da exposição, concebido por Andrea Faraguna, do escritório de arquitetura berlinense Sub, se inspira na estrutura do storyboard, um dos pilares da criação cinematográfica. A montagem reinterpreta o ambiente de trabalho dos artistas de storyboard, transformando-o em uma experiência espacial, com mesas inspiradas nas clássicas pranchetas de desenho técnico.
A Kind of Language apresenta storyboards de filmes de cineastas como Muzaffar Ali, Pedro Almodóvar, Wes Anderson, Charles Atlas, Matthew Barney, Ericka Beckman, Martin Bell, Ingmar Bergman, Bernardo Bertolucci, Luis Buñuel, Charlie Chaplin, Tan Chui Mui, Sofia Coppola, Alex de la Iglesia, Cecil B. DeMille, Jonathan Demme, Walt Disney Productions, Federico Fellini, Fleischer Studios, Terry Gilliam, Jean-Luc Godard, Renny Harlin, Alfred Hitchcock, Alejandro González Iñárritu, John Irving, Joan Jonas, Alejandro Jodorowsky, Isaac Julien, Akira Kurosawa, Hagai Levi, Yang Lina, Jia Ling, Hayao Miyazaki, Pier Paolo Pasolini, Sally Potter, Satyajit Ray, Jerome Robbins, Martin Scorsese, Steven Spielberg, Andrew Stanton, Sarah Treem, Lee Unkrich, Agnès Varda, Carrie Mae Weems, Wim Wenders, Robert Wise, San-ho Yeon, Jia Zhang-Ke e Fred Zinnemann.
De fevereiro a setembro de 2025, o Cinema Godard da Fondazione Prada dedicará uma de suas seções de exibição a A Kind of Language, apresentando uma seleção de filmes relacionados ao projeto. A exposição também será acompanhada por uma publicação ilustrada na série Quaderni, editada pela Fondazione Prada, com um ensaio de Melissa Harris e um ensaio visual assinado pelo escritório Sub.
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