“A Brush in the Universe” de Hana Yilma Godine na Fridman Gallery

A Fridman Gallery e a Rachel Uffner Gallery apresentam A Brush in the Universe, uma exposição individual da pintora etíope Hana Yilma Godine que abrange as duas galerias. Esta é a segunda vez que as galerias estão colaborando para apresentar o trabalho de Godine, tendo organizado em conjunto A Hair Salon in Addis Ababa há dois anos.

A exposição dupla reunirá as novas pinturas de Godine de mulheres ocupando espaços espirituais imaginados que fundem paisagens terrenas e ultraterrenas. Godine apresenta suas mulheres míticas e maiores do que a vida em conversa com o universo – montanhas, rios, oceanos, plantas, animais, aves. As pinturas, que misturam tinta a óleo e acrílica com têxteis sobre tela, surgem da pesquisa contínua da artista e reflexão sobre as representações em evolução do corpo feminino na arte e na história etíope, desde a heroína mitológica Arcaica Andrômeda até a Rainha Zauditu, Imperatriz da Etiópia de 1916 a 1930. Em uma sociedade patriarcal dilacerada por guerras civis, Godine apresenta uma dimensão paralela onde as mulheres estão a salvo da violência e livres para expressar seu poder, beleza e feminilidade independentemente das restrições sociais e políticas.

O uso de Godine da perspectiva achatada, figuras alongadas e luz uniformemente distribuída lembra a iconografia etíope que enfatiza a divindade de temas bíblicos ao rejeitar as regras da representação terrena. Por outro lado, as obras de arte de Godine estão firmemente enraizadas na realidade – ela pinta em tecidos tradicionais que as mulheres geralmente transformam em vestidos acessíveis. Ela entrelaça suas pinceladas com a estampa floral do tecido, às vezes deixando os padrões intocados, às vezes permitindo que eles apareçam sutilmente através das camadas pintadas.

Combinando materiais tradicionais com composições ousadas e esquemas de cores, as pinturas parecem viajar no tempo, oferecendo uma visão de futuro baseada em espírito, comunidade, cuidado e esperança. No mundo de Godine, a pintura em si representa a criação, descobrindo conexões ocultas entre topografias e formas de vida.