A Danielian Galeria apresenta a partir do dia 7 de dezembro de 2023, para convidados, e do dia seguinte para o público, a exposição A Aurora de um Dia Seguinte, com 19 obras inéditas e recentes do artista Thiago Pitta, em sua pesquisa sobre o meio ambiente. A mostra tem curadoria de Paulo Azeco e vai ocupar o espaço térreo do pavilhão recém-construído no terreno da Danielian Galeria, com 200 metros quadrados e pé direito de 4,5 metros.
“A Aurora de um Dia Seguinte é uma reflexão sobre os perigos desse futuro próximo, que nós, humanos, os animais e plantas – todos os seres que habitam este planeta – já estamos enfrentando. É uma reflexão contemplativa sobre um futuro incerto e perigoso”, diz Thiago Rocha Pitta. Ele acrescenta: “As paisagens são silenciosas. Elas não falam a linguagem humana. Ruído é uma produção humana. Mesmo os ruídos da natureza não configuram uma linguagem. As obras são silenciosas, mas estão falando um monte de coisa…”.
Paulo Azeco destaca que Thiago Rocha Pitta “tece uma narrativa visual que focaliza o caos e a ecologia, criando uma dicotomia intrigante entre o bucolismo cínico e a iminência apocalíptica”. “Adotando uma abordagem multidisciplinar, seu trabalho mergulha profundamente na complexa interação entre a humanidade e o meio ambiente, desafiando o paradigma ultrapassado que separa natureza e cultura”. Ele complementa: “Pertencendo à talentosa geração que emergiu no final dos anos 1990, ele se tornou uma figura incontornável no cenário contemporâneo brasileiro”.
O curador enfatiza que “é crucial destacar que Thiago é um dos raros artistas contemporâneos a produzir afrescos, técnica que desempenha um papel fundamental na história da arte ocidental, e sua habilidade magistral subverte expectativas, utilizando-a de forma inovadora, criando um vocabulário imagético potente e conceitualmente impecável”.
Rocha Pitta aprendeu e dominou esta técnica de pintura que utiliza cal, areia, água e pigmentos, durante os períodos em que fez residência artística na Itália, em 2013 e 2017.
Paulo Azeco observa ainda que “a exposição apresenta aquarelas em grande formato, cujo virtuosismo e força poética não contradizem os afrescos, mas, ao contrário, complementam seu universo visual. Poucos artistas conseguem integrar técnicas tão complexas e discrepantes em um único corpo de obra, mantendo um elevado grau de precisão”.
Para o curador, o trabalho do artista “ressoa com os diálogos urgentes iniciados pelo sociólogo Ulrich Beck [sociólogo alemão, 1944-2015], explorando os riscos e consequências da modernidade no equilíbrio ambiental”. As obras de Rocha Pitta “funcionam como um discurso visual sobre a era do Antropoceno, onde a atividade humana se torna uma força geológica destrutiva, visualizando as intricadas conexões entre a humanidade, considerada como cultura, e o mundo natural. Ao convidar os espectadores a confrontar narrativas simbólicas do fim dos tempos e a urgência do presente, as obras de Pitta incorporam ideologia e sublime, revelando a beleza em meio a crises iminentes”.
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