Obra de Reitchel Komch – Divulgação
“Optchá – a estrada é o destino” de Katia Politzer
Em “Optchá: a estrada é o destino” Katia Politzer apresenta trabalhos inéditos tendo a cultura cigana de seus ancestrais como referência na formação da gente brasileira – mas de pouco reconhecimento até aqui. Ancestralidade, identidade, migração, diáspora, sincretismo e respeito à diferença: eis o arco de humanidade aqui envolvido.
A busca por liberdade, a conexão com a natureza, uma intuição aguçada e a celebração da vida apesar das dificuldades e dos preconceitos, são as características da alma cigana que mais interessam à artista. A abordagem sobre os ciganos inclui aspectos da filosofia de vida, tradições, rituais e misticismo.
A saudação “Optchá” (que significa “Viva!”, “Salve!”) convida à experiência de esculturas com domínio têxtil e acréscimo de objetos do cotidiano desse grupo social. A chita, originária da India assim como os ciganos, insere florais e coloridos fortes, presentes também na maioria das festas tradicionais brasileiras, bem como cetim, fitas e dourados, típicos desta cultura.
Dentre os trabalhos inéditos destacam-se “Catarina vem das Canárias”, a série “7 Estandartes”, “Vurdon” e “Magia Cígana” – em que a artista manipula fotografias documentais, pintura e procedimentos escultóricos manuais em estandartes, trouxas, tenda, manto, entre outros elementos, cujos efeitos vão da pintura conceitual ao desenho contemporâneo.
“Igbá Odù: Os braços fortes da Memória” de Reitchel Komch
Em “Igbá Odù: Os braços fortes da Memória”, Reitchel Komch instiga o espectador com suas narrativas da diáspora africana no Brasil, bem como utopias de superação de um processo social historicamente nocivo à matriz negra de nossa formação. A abertura será no dia 22 de janeiro, a partir das 16h, no Centro Cultural Correios, no Centro.
Deuses, mitos e lendas em torno do tempo (Iroko), rondando os lugares laconicamente reticentes sobre
sua própria ancestralidade, conduzem a artista na busca de autoconhecimento, representatividade e redefinição de seu lugar social, rompendo paradigmas e reestruturando sua psique. O Tempo (Orixá) é libertário, agente do destino que entrega relatos da diáspora negra, possibilitando resgates emocionais através da volta às origens.
Segundo a artista, “trata-se de uma visão da arte, em cujas pinturas, esculturas, tótens, portais, smbolizam uma progressão espiritual do mundo físico. Utilizando cabaças, fios têxteis (a juta, o algodão, o linho), hastes de ferro, eu me questino: ondeo estão as nossas vozes?”.
Variando dos pequenos aos grandes formatos ela apresenta esculturas e pinturas, manipulando a equação “representação na arte para gerar representatividade civil”. São, do fim ao início, movimentos de subjetivação da luta identitária por inclusão e igualdade, marcadores não apenas de sua expressão política enquanto artista negra, bem como redefinição do lugar público de todos os brasileiros de ascendência comum.
“A Obra é o Jogo” de Dorys Daher
Uma imersão singular que une o universo da sinuca, a arquitetura e as artes visuais. Esta é a proposta da artista Dorys Daher em sua exposição “A Obra é o Jogo”, que será inaugurada no dia 22 de janeiro, no Centro Cultural Correios, com curadoria de Aline Reis. A mostra tem entrada gratuita e ficará em cartaz até o dia 8 de março de 2025.
Através de suas obras, ela explora as relações entre o espaço e o jogo, transitando por múltiplas linguagens contemporâneas: fotografias impressas sobre tecido e vinil, um painel com oito módulos de aço inox (medindo 60 por 100 cm, cada), uma escultura em mármore com bolas de sinuca, tacos de madeira e até uma toalha de linho bordada.
Dorys Daher, que é arquiteta e artista, investiga a interação entre artes visuais, arquitetura e vivências cotidianas, promovendo reflexões sobre o espaço e o corpo. Suas obras dialogam com memórias afetivas e experiências contemporâneas, rompendo fronteiras entre o familiar e o experimental.
“A disposição dos meus trabalhos no espaço combina referências do design arquitetônico com movimentos coreografados em torno de uma mesa de sinuca, criando um diálogo entre o jogo, o ateliê e o escritório de arquitetura”, explica a artista.
“Em ‘A Obra é o Jogo’, Dorys tece uma narrativa afetiva em suas criações, resgatando memórias de sua infância em Ipameri, Goiás, e da herança cultural de sua família sírio-libanesa. A mesa de jantar, tradicional centro de reunião familiar, se transforma em um ponto de convergência entre o bordado das toalhas, as experiências artísticas e as lembranças de sua trajetória pessoal. Nesse cenário, ela rompe preconceitos e celebra a relação entre a geometria, a dança e a ocupação do espaço, elementos que moldaram sua visão de mundo”, diz a curadora, Aline Reis.
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