Os escultores contemporâneos têm se apropriado das mais diversas práticas escultóricas para representar tanto figuras humanas, quanto formas geométricas. Do conjunto diversificado de práticas, coloca-se em dúvida a validade atual do termo “escultura”, ao se preferir a noção mais ampla de “tridimensional”. Essa é a reflexão proposta pela exposição “Do volume e do espaço: modos de fazer”.
A mostra tem texto de apresentação de Ana Avelar e reúne trabalhos dos artistas brasileiros Alexandre da Cunha, Claudio Cretti,Edgar de Souza, Eduardo Frota, Felipe Cohen, Flávio Cerqueira, Ivens Machado, José Rezende, Laura Vinci, Nino Cais, Pablo Reinoso,Ricardo Becker, Rodrigo Cardoso e Tatiana Blass.
Dois eixos centrais dividem os trabalhos expostos. O primeiro, endereçado à figura humana, indica a história tradicional da escultura, com o corpo aparecendo em diversas escalas ou fragmentos, ora como metáfora para uma conduta moral e ética, ora para fins religiosos ou místicos. A geometria, elemento que unifica o segundo eixo da exposição, não aparece mais oposta à realidade do corpo, mas sim conjugada a ele. O Minimalismo, marco da arte contemporânea, rompe com o gesto heroico do artista sobre o material e revela a experiência do corpo do indivíduo em contraponto aos objetos sem detalhes, ordenados em série, dentro de uma lógica evidente e simples. “É o corpo que experimenta a geometria, é ele quem a produz”, explica a curadora.
Do volume e do espaço: modos de fazer
Abertura: 27/07/19, 10h
Visitação: até 13/10/19; quarta a sexta, 11h-19h; sábado e domingo, 10h-18h
Casa de Cultura do Parque: Av. Prof. Fonseca Rodrigues, 1300, São Paulo. Entrada gratuita
Durante a abertura haverá uma palestra e bate-papo com José Miguel Wisnik
Máquinas do mundo: Drummond, Clarice e Machado
27/07/19, 16h