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Deolinda Aguiar

Deolinda Aguiar nasceu em Ribeirão Preto, mas atualmente vive e trabalha em São Paulo. Sua pesquisa estabelece diálogos íntimos com a arquitetura dos espaços que ocupa, utilizando materiais estruturais para…

por Julia
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Deolinda Aguiar nasceu em Ribeirão Preto, mas atualmente vive e trabalha em São Paulo. Sua pesquisa estabelece diálogos íntimos com a arquitetura dos espaços que ocupa, utilizando materiais estruturais para refletir as e sobre estruturas de poder. Seu interesse pela exploração do espaço arquitetônico e o desejo de alterá-lo informam obras como “Provisório” e “Ilha”, de 2017, nas quais a artista utiliza fios elétricos saindo da parede, seccionados e dispostos horizontalmente, com as pontas desencapadas, ou então presos ao piso e ao teto, formando uma espécie de coluna frágil que emula a sustentação da sala, mas que na realidade permanecem tensionados por uma última fina ligação.

Trabalhando em diferentes suportes – da fotografia à escultura, do vídeo à performance, da instalação à escrita – Aguiar vem desenvolvendo maneiras singulares de ressignificar os materiais encontrados e apropriados com os quais lida cotidianamente, interessando-se cada vez mais pelos desencontros e abismos entre as formas de comunicação contemporânea. Em trabalhos como “Número e importância”, composto por gráficos antigos, a artista interfere com escrita assêmica sobre todos os textos que o papel carrega, obliterando as informações e tornando ilegíveis os dados que tornam aquele material gráfico útil e relevante.

Já “Mil folhas e Três blocos” é uma instalação formada por 4 toneladas de papel A4 que Aguiar conseguiu recolher de diversas instituições públicas em São Paulo. Os papéis são agrupados em blocos, revestidos por cola branca com corante preto, impedindo o sujeito de manipular as folhas e, por consequência, ter acesso ao que está impresso e escrito sobre o material. Empilhados em forma de coluna ou formando como um muro negro, os papéis formam barreiras e tornam-se elementos arquitetônicos que modificam a fruição do espaço expositivo.

Entre as exposições mais importantes que participou destacam-se Coletiva Love me tender, no SAO Espaço de Arte; Individual Em branco, no SAO Espaço de Arte; About Change, no World Bank of América; XVIII Bienal de Cerveira; Coletiva Entre tempos, Instituto de Pesquisas Carpediem. Participou da coletiva Strip, na Fredric Spitzer Gallery/ Miami/USA, no projeto Vitrines MASP 2013, coordenado por Regina Silveira, 10o Abre Allas da Galeria Gentil Carioca/RJ, Nos limites da arte com o Atelie Fidalga no Paço das Artes, e Fidalga na SPARTE 2010. Recebeu o prêmio Aquisição no 33 Salão de Arte Contemporânea de Santo André. Tem seu trabalho nas Coleções de Arte do World Bank of America em Washington-DC e na Prefeitura de Santo André.

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