De artistas consagrados a novas apostas imperdíveis na SP-Arte

A SP–Arte volta ao Pavilhão da Bienal com um panorama repleto de novidades; confira 16 obras que merecem sua atenção nesta edição

por Diretor
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A SP–Arte 2025 está chegou: a 21ª edição da maior feira de arte e design da América Latina começa amanhã, 2 de abril, com abertura exclusiva para convidados e recebe o público a partir do dia 3, ocupando mais uma vez o icônico Pavilhão da Bienal, no Parque Ibirapuera, em São Paulo. Neste ano, o evento reúne mais de 200 expositores nacionais e internacionais, incluindo galerias, instituições culturais e projetos independentes, consolidando São Paulo como um ponto central do mercado global de arte contemporânea.

Além das obras exibidas nos estandes, a SP–Arte promove uma série de encontros, palestras e lançamentos editoriais, que aproximam público e artistas, estimulando debates sobre a produção contemporânea.

Como mídia parceira, seguimos acompanhando de perto um dos eventos mais aguardados do calendário artístico nacional, onde grandes nomes da arte moderna e contemporânea compartilham espaço com artistas emergentes que vêm ganhando visibilidade e consolidando suas trajetórias.

Para curadores, colecionadores e entusiastas atentos às dinâmicas atuais, o evento funciona também como uma plataforma de pesquisa e descoberta. Além dos artistas estabelecidos, as galerias proporcionam acesso direto a produções que começam a se afirmar, ou seja, suas apostas para os próximos anos.

Confira a seguir 16 artistas e obras imperdíveis para ver durante sua visita à feira.

Grandes nomes para revisitar:

Antonio Bandeira, “A Grande Queimada”, 1963. Foto: Falcão Jr – Victor Perlingeiro

1. Antonio Bandeira (1922–1967) é um dos grandes nomes do modernismo brasileiro, conhecido por combinar abstração geométrica e gestualidade. Seu tríptico “A Grande Queimada” (1963) impressiona tanto pela técnica quanto pela escala e poderá ser visto no estande da Pinakotheke Cultural.

Antonio Dias, “Passeio do cego”, 1964. Crédito: Joaquim Kireeff

2. Antonio Dias (1944–2018) rompeu barreiras semânticas e visuais ao longo da segunda metade do século XX. Suas obras provocam o público a interpretar e interagir, ampliando os limites da composição. O trabalho “Passeio do cego” (1964) marca presença no estande da Galeria Paulo Kuczynski.

Beatriz Milhazes, “Miss and Mrs”, 1993. Crédito: Juliana Ripoli

3. Beatriz Milhazes é referência na arte contemporânea brasileira, com pinturas, colagens e esculturas vibrantes que mesclam estruturas geométricas, arabescos e motivos florais. Influenciada por modernistas como Tarsila do Amaral e Henri Matisse, cria composições cheias de movimento e cor. Você pode encontrá-la em diversos estandes, incluindo o da galeria Frente.

Eleonore Koch, ”Late afternoon in park”, 1987. Foto: Almeida & Dale – Gabriel de Souza – Millan

4. Eleonore Koch (1926–2018) nasceu na Alemanha, mas veio ao Brasil aos 12 anos, fugindo da perseguição nazista. Em suas pinturas — muitas em têmpera a ovo —, as cores são meticulosamente escolhidas para retratar paisagens e naturezas-mortas de forma delicada e precisa. Suas obras estarão no estande da galeria Almeida & Dale.

Joan Miró, Sem título, 1960. Foto: Jaime Acioli – Victor Perlingeiro

5. Joan Miró (1893–1983) é considerado um dos artistas mais ousados do século XX. Nascido em Barcelona, uniu influências do surrealismo, da abstração e da arte popular, trabalhando com pintura, escultura, cerâmica e gravura. Uma de suas obras estará no estande da Pinakotheke Cultural.

Mira Schendel, Vestido, da série Bordados, 1975. Crédito: Marcelo Pallotta

6. A produção de Mira Schendel (1919–1988) vai de pinturas e desenhos a objetos tridimensionais e instalações, explorando temas como espiritualidade e a tensão entre abstração e figuração. Suas peças conhecidas como “vestidos”, criadas com a mesma sutileza, serão apresentadas no estande da Galeria MaPa.

Olga de Amaral, Fiber Wall, 1983. Crédito: Casa Zirio Gallery – Estefania Carbo

7. Desde os anos 1960, a artista colombiana Olga de Amaral expande os limites da arte têxtil, utilizando linho, algodão, crina de cavalo, gesso, folhas de ouro e paládio. Tecendo, amarrando e trançando fios, ela cria obras monumentais e tridimensionais que transcendem categorização. Uma delas estará no estande da Casa Zírio.

Yayoi Kusama, “Infinity Nets”, 2014. Crédito: Rafael Salim – Maria Gabriela Mexias Rodrigues

8. Yayoi Kusama transforma suas obsessões em formas artísticas inconfundíveis. A série “Infinity Nets”, iniciada nos anos 1950, é caracterizada por padrões circulares que criam uma sensação de rede infinita. Um exemplar de 2014, em acrílica sobre tela, poderá ser visto no estande da Flexa Galeria.

Artistas para ficar de olho:

Caio Pacela, “O Devoto”, 2024. Janaina Torres Galeria

1. Caio Pacela (1985) desenvolve pinturas e desenhos com forte influência da fotografia, abordando a espiritualidade como um campo de experimentação poética. Em suas obras, temas como corpo, identidade, fé, culto, oferenda e transcendência ganham vida. Ele é representado pela Janaina Torres Galeria.

Flora Rebollo, “Fervedouro”, 2025. Crédito: Bruno Leão

2. O processo artístico de Flora Rebollo se expande da escala mínima até o tridimensional, funcionando como um sismógrafo que registra pulsos, respiração, movimento e sentimentos do corpo. Você encontra o trabalho dela na galeria Sardenberg.

Gilson Plano, “O encontro”, 2024. Foto: Julia Thompson – Quadra

3. Em seus projetos, Gilson Plano explora como aspectos formais podem revelar dimensões de ficção e encantamento, investigando a forma e o pensamento no Brasil. Suas criações estão no estande da galeria Quadra.

Gustavo Diogenes, “Paisagem com mandacarú”, 2025. Foto: Gustavo Diogenes – Opera Artes

4. Gustavo Diogenes, de Fortaleza, mantém seu ateliê no edifício Palácio Progresso. Suas pinturas mostram paisagens desertas e silenciosas, porém cheias de tensão latente, inspiradas pelas estradas que ligam a capital ao sertão. Visite o estande da Galeria Leonardo Leal para conferir.

Licida-Vidal, “Não deve ser mais salgado do que lágrimas”, 2023. Crédito: Tatiana Mito

5. A artista do Vale do Paraíba (SP) Licida Vidal investiga a conexão entre o humano e a natureza em performances, fotografias, vídeos e instalações, tocando em temas como gênero e ecologia. Elementos como argila e água são fundamentais em sua pesquisa, que estará no estande da Luis Maluf Galeria.

Luana Vitra, “Sutura Geológica 8”, 2024. Crédito: Laríssa Duarte Amorim

6. Luana Vitra, nascida e criada em Minas Gerais, absorve as paisagens naturais e a presença marcante da mineração em suas obras. Sua prática explora as propriedades físicas dos materiais e a maneira como a paisagem se infunde de significados e emoções. A Mitre Galeria apresentará suas peças.

Luiza Alcântara, “Stalker I (The War of the Roses)”, 2024. Crédito: Matheus Yehudi

7. A prática de Luisa Alcântara convida o público a um espaço onde intimidade e distanciamento coexistem. Ao transformar instantes cotidianos em imagens aparentemente inofensivas, ela revela sutilmente um tom perturbador, evidenciando a moralidade encoberta sob a superfície. Ela é representada pela galeria Yehudi Hollander-Pappi.

Mayara Ferrão, da série Álbum de Desesquecimentos, 2024. Crédito: Mayara Ferrão – Verve Galeria

8. Mayara Ferrão — artista visual e diretora criativa formada pela UFBA — transita por fotografia, ilustração, pintura e direção de cena, utilizando tecnologias de imagem e vídeo para narrar histórias de corpos negros, originários e dissidentes. Em 2024, participou de residência no Pivô Arte e Pesquisa, e agora apresenta suas obras na Verve.

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