Com a curadoria de Lilia Schwarcz, a nova individual do artista carioca Daniel Lannes acaba de ser inaugurada hoje, dia 20 de julho, no Paço Imperial do Rio de Janeiro. Intitulada Jaula, a exposição estabelece um diálogo com a história do Brasil contestando a forma “harmoniosa” que a enxergamos e escancarando a verdade sobre uma monarquia e uma república que escondiam seus alicerces: o escravismo e a desigualdade.
Com as pinturas apresentadas nesta mostra, Lannes apresenta um traço esfumado e borrado, propositalmente criado para confundir o observador e ilustrar uma história que é por vezes um tanto nebulosa. Outro ponto interessante é que Jaula desestabiliza o retângulo mágico da pintura uma vez suas pinturas escapam dos limites da tela branca, recusando-se a se confinar naquele espaço, revelando um traço irreverente do próprio artista.
Esta exposição também pode ser compreendida como uma metáfora para pensar no lugar do Museu, essa instituição das artes que inova, mas que também regula; abre-se para o novo ao mesmo tempo que canoniza e torna rotina. Por fim, Jaula é uma referência ao “cubo branco”, metáfora para pensar no lugar do Museu, essa instituição das artes que inova, mas também regula; abre-se para o novo ao mesmo tempo que canoniza e torna rotina.
Serviço:
Jaula
Local: Paço Imperial
Endereço: Praça Quinze de Novembro, 48 – Centro, Rio de Janeiro – RJ
Data: Abertura dia 20 de julho
Funcionamento: Segunda a domingo, das 12h às 19h
Ingresso: Grátis