A Galeria Index em parceria com o ARTEQUEACONTECE lançou em maio deste ano o projeto Incubadora, no qual seleciona jovens talentos que residam na região Centro-Oeste do Brasil para participar uma mostra coletiva em seu espaço em Brasília. Nesta primeira edição do projeto, foram escolhidos seis artistas, sendo que todos eles não têm vínculos com galerias.
Por meio de um edital, foram recebidas dezenas de inscrições de projetos de artistas e coletivos, os quais os integrantes tivessem entre 18 e 30 anos e morassem no Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e em Goiás. Os selecionados foram escolhidos por uma equipe composta por Gisel Carriconde Azevedo (curadora e coordenadora do projeto), membros da equipe do ARTEQUEACONTECE (Esther Constantino e Beta Germano) e os dois sócios-diretores da galeria (Mônica Tachotte e Marcos Mendes Manente).
Conheça abaixo os trabalhos de André Felipe Cardoso, Estêvão Parreiras, Jair Legal, Letícia Miranda, Matheus Pires e Samantha Canovas.
André Felipe Cardoso
Nascido em Minaçu-GO, André Felipe Cardoso vive e trabalha em Cidade de Goiás. Entre as exposições coletivas em que participou estão ‘’Processos’’, na Lona Galeria, em São Paulo-SP (2020), ‘’Ressetar’’, no Museu da Diversidade Sexual, em São Paulo-SP (2020), ‘’À Beira do Tempo’’ na Galeria Guaçuí do Instituto de Artes e Design – UFJF, em Juiz de Fora-MG (2019), ‘’24° Prêmio Sesi Arte Criatividade’’, na Vila Cultural Cora Coralina, em Goiânia-GO (2019) e ‘’I Salão De Arte Em Pequenos Formatos do MABRI’’, no Museu de Arte de Britânia, em Britânia-GO (2019).
Participou das residências artísticas Estância Central, na Casa Voa no Rio de Janeiro-RJ (2020) e Hospitalidade/Casa Aberta, no Lugar de Suyan em Olhos D’Água-GO (2019). Trabalha principalmente com a colagem e seus desdobramentos. Entende o papel como superfície propícia para marcação de tempo e acontecimentos no processo de criação das paisagens. Em suas pesquisas mais recentes, tem investigado as relações de vínculo com os lugares e os deslocamentos no processo de transformação e ocupação dos territórios, apropriando-se de materiais que são direcionados em sua produção como símbolos-dispositivos para reencontros de memórias individuais e coletivas.
Estêvão Parreiras
O artista Estêvão Parreiras nasceu em Pouso Alegre, Minas Gerais. Hoje ele vive e trabalha em Goiânia. Ele investiga as linguagens plásticas e poéticas do desenho, o traço no papel e como essa linha se relaciona com a subjetividade e a identidade do artista. O desenho, além de um desejo, de um prazer, é uma marca, ou seja, a sobra de uma vontade de deixar marcas, mediadas por um impulso materializado pelo instrumento utilizado para arranhar o papel.
Enquanto artista, trata de suas reflexões observando sua relação com o ambiente à sua volta, onde os lugares afetivos, a delicadeza do fazer artístico e a prática salutar do desenho são questões presentes nos seus trabalhos.
Jair Legal
Jair Legal nasceu em Brasília, no Distrito Federal, onde vive e trabalha hoje. O trabalho do artista existe como uma tentativa de entender o lugar da arte e do artista, além de questionar a seriedade e formalidade desses ambientes. Além disso, o artista procura burlar essas regras, como um pertencer não pertencendo. Sua prática é livre e segue de acordo com a intensidade do desejo de produzir, o que o inspira a trabalhar com mais ironia e bom humor (ou não).
A palavra é geralmente pensada plasticamente e proporciona ao artista certa exposição de si mesmo, trazendo desconforto. “Por mais contraditório que isso seja, eu às vezes gosto quando as pessoas não gostam de mim”.
Letícia Miranda
Vive e trabalha no Distrito Federal. É formada em Letras Português pela Universidade de Brasília, especialista em Fotografia pela Faculdade Unyleya e mestranda em Artes Visuais pela Universidade de Brasília. Interessada em elaborar recintos de criação, desenvolve pesquisas relacionadas ao tempo e ao espaço. Seus trabalhos relacionam poéticas e linguagens a fim de encontrar rastros e traços de um mundo possível.
Matheus Pires
Matheus Pires é artista visual brasiliense que atualmente vive em Goiânia. É bacharel em Artes Visuais (FAV/UFG) e, atualmente, aluno especial do Programa de Pós graduação em Artes Visuais do IdA/UnB e do Programa de Pós-graduação em Artes Visuais da ECA/USP. Em 2019, participou de residência artística no Berlin Art Institute, em Berlim.
Marcado pelo caráter autobiográfico, meu trabalho se estabelece no âmbito da arte contemporânea, embrenhando-se em um empreendimento de investigação de temáticas como Política, Memória, Linguagem e Violência. Em minha produção recente, proponho o levantamento de disrupções que permitam comentar a aparente superficialidade do atual debate político polarizado, buscando perfilar caminhos possíveis, além do enfrentamento das narrativas hegemônicas. Investigo, assim, ideologias políticas, símbolos de poder e dissidência e as fronteiras da comunicação em diálogo com o cotidiano e o espaço da coexistência cívica.
Samantha Canovas
Samantha Canovas é vive e trabalha em Brasília, no Distrito Federal, cidade onde nasceu. Ela é artista plástica, têxtil, escritora, bordadeira e arte-educadora. Iniciou sua trajetória artística pesquisando os limites da materialidade da pintura, buscando adensar sua prática por meio de questões norteadoras, como método, deriva, obsessão e ócio na arte contemporânea.
A artista investiga o têxtil enquanto campo escultórico, bem como sua relação com o vestuário, buscando ainda diluir a fronteira entre a arte e o artesanato e pensar a relação entre o doméstico e o feminino.