Compondo o II Ciclo Expositivo 2022 da Casa, MAHKU – Cantos de imagens é o nome da exposição de 11 pinturas tradutoras das canções huni meka que conduzem os rituais com ayahuasca entre o povo Huni Kuin. Além delas, quem visitar a abertura da mostra poderá contribuir com a construção da instalação-performática da artista Kássia Borges de mais de 2 mil peças.
MAHKU é um coletivo de cinco artistas e pesquisadores Huni Kuin, povo indígena de cerca de 14 mil pessoas que vivem no estado do Acre, no Brasil e no Peru. Fundado em 2012, o grupo é um desdobramento das pesquisas de seu fundador, Ibã Huni Kuin, sobre os cantos huni meka. Influenciado pelo pai, Bane Huni Kuin começou a desenhar esses cantos – segundo ele, era mais fácil decorar as letras e compreender os cantos ao transformá-los em imagens. Hoje, o método de aprendizagem do huni meka é aplicado no grupo MAHKU.
Daniel Dinato, antropólogo e curador da mostra ao lado de Ibã Huni Kuin, comenta: “Ainda que o fundo mítico e ritual das obras seja coletivo, cada artista transforma o canto huni meka de uma forma específica e, assim, o coletivo mantém também uma certa autonomia e independência interna. Como os integrantes do MAHKU costumam dizer, mesmo que pintado mil vezes o mesmo canto, ele nunca sairá igual. Sempre diverso, sempre único”.
Ao visitar a Casa do Parque, também é possível conferir Breve, a exposição individual do artista Rodrigo Bivar, e Feltragens da artista Teresa Viana, compondo a grande parede do Projeto 280 X 1020.
Serviço
MAHKU – Cantos de imagens
Local: Casa de Cultura do Parque
Endereço: Av. Prof. Fonseca Rodrigues, 1300 – Alto de Pinheiros, São Paulo
Data: De 02 de julho a 18 de setembro de 2022
Funcionamento: De quarta a domingo, das 11h às 18h
Ingresso: Grátis
