Centre Pompidou sela contrato com Brasil para construção de museu em Foz do Iguaçu

A parceria com museu francês, inédita no sul-global, visa transformar Foz do Iguaçu em um novo pólo de atração turística e cultural, integrando a cidade no circuito artístico mundial

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Cerimônia de assinatura do contrato para construção do Museu Internacional de Arte em Foz do Iguaçu. Crédito Gabriel Rosa/AEN

Depois de quase quatro anos de negociações, nesta quarta-feira (17), o Governo do Paraná e o Centre Pompidou de Paris selaram uma parceria histórica, assinando o contrato para a construção do Museu Internacional de Arte de Foz do Iguaçu.

O novo museu contará com um investimento de mais de R$ 200 milhões e será construído conforme os critérios do centro cultural francês, amplamente respeitado como um dos principais pólos de arte contemporânea do mundo.

A expectativa é que o projeto arquitetônico, assinado pelo arquiteto paraguaio Solano Benitez, vencedor do Leão de Ouro da Bienal de Arquitetura de Veneza em 2016, seja divulgado até janeiro de 2025. As obras, então, seriam iniciadas a partir do segundo semestre, para que o museu esteja aberto ao público em 2026.

O evento cerimonial também oficializou a cessão do terreno pela CCR Aeroportos. Localizado a cerca de 10 minutos do Parque Nacional do Iguaçu, que abriga as afamadas Cataratas, o espaço escolhido visa reforçar o turismo já existente, projetando-o em âmbito global. Nas palavras do governador Ratinho Junior, “O circuito cultural de museus movimenta bilhões de dólares, com muitos turistas que anualmente rodam o mundo (…) E agora Foz do Iguaçu estará nesta rota.”

A secretária de Cultura do Paraná, Luciana Casagrande, garantiu que o museu de Foz do Iguaçu não será apenas uma extensão do Centre Pompidou, mas também um espaço representativo do Paraná, do Brasil e da região da tríplice fronteira, valorizando a cultura regional. Nesse sentido, o presidente do Pompidou, Laurente Le Bon, ressaltou que o museu brasileiro dará foco para artistas latino-americanos, além de grandes nomes da arte moderna e contemporânea europeia, presentes no acervo da instituição com sede em Paris.

A iniciativa soma-se ao esforço do Centre Pompidou – programado para passar por uma reforma de cinco anos em 2025 – de expandir sua presença global com novas filiais em Bruxelas e Jersey City, previstas para abrir em 2025 e 2026, respectivamente. Atualmente, já existem unidades descentralizadas do museu francês na Bélgica, Espanha e China.

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