A Bienal Internacional de Arte Contemporânea do Sul (BIENALSUR) teve sua abertura neste mês de julho e terá suas atividades até dezembro. Organizada pela Universidade Nacional de Três de Febrero (UNTREF), instituição pública de Buenos Aires, ela está em sua terceira edião e neste ano terá mais de 120 sedes em 50 cidades de 23 países, além do Vaticano! Participam desta edição cerca de 400 artistas de várias nacionalidades e com diferentes formações.
No ano passado, a BienalSur abriu um Open Call para que artistas pudessem submeter seus projetos! Foram mais de 5500 inscrições que vieram de 108 países, com participações individuais e também de coletivos! As submissões foram avaliados por um júri internacional de curadores. Para os diretores da bienal, Aníbal Jozami e Diana Wechsler, “é significativo o interesse e as respostas de tantos artistas e instituições em continuar a trabalhar nestes tempos de pandemia numa arte que é social e que atravessa diferentes tipos de fronteiras, com a convicção de que entre os novos cenários que podem surgir para a humanidade o direito à cultura e à diversidade continuará”.
Neste ano, terão atividades da BienalSul, dentre exposições, talks e atividades formativas cidades que já participaram outras vezes, como Paris, Madri, Japão, Berlim, Buenos Aires, e Bogotá! Agora, somam-se lugares como Cuzco, no Peru; Manama no Bahreim; e Jeddah, na Arábia Saudita.
De acordo com Jozami, que também é reitor da UNTREF, “este work in progress que é a BIENALSUR está longe de se impor a culturas, instituições ou grupos e passa pela cartografia singular que desenha a cada edição, procurando ouvir, aprender e trabalhar de forma situada mas sem perder a perspectiva global para se sustentar, ativar e contribuir para restaurar os laços comunitários hoje tão necessários”.
A mostra de inauguração desta edição ocorreu no dia 8 de julho, na cidade argentina de Salta, no Museu de Belas Artes Lola Mora. A exposição La escucha y los vientos. Relatos e
inscripciones del Gran Chaco reúne trabalhos de mulheres artesãs, ativistas de povos indígenas, artistas e cineastas, sob curadoria da argentina Andrea Fernández e da alemã Inka Gressel. Ainda em julho, foram abertas outras exposições em Bogotá (Colômbia) e em Málaga (Espanha. Também acontece até 7 de agosto uma ação em Tóquio, o projeto TURN Tea Ceremony, do artista e curador japonês Katsuhiko Hibino.
A partir do dia 5 de agosto, a cidade de Curitiba receberá no Museu Oscar Niemeyer a exposição Tramas Vitais, do artista brasileiro Geraldo Zamproni. Com curadoria de Renan Archer, a mostra aponta como suas obras tomam a dianteira na conversa com a percepção e estimulam a imaginação do espectador. Outros artistas brasileiros também participam da Bienal, como Ricardo Villa, que apresentará a obra Terra sem males: Brasileiro#1, que trabalha a ideia de um mito guarani no qual há a ideia de um lugar “onde não haveria fome, guerras ou doenças”.
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