Ataque a 70 obras na Ilha dos Museus, em Berlim, causa apreensão pelo mundo

Autoridades acreditam que obras foram vandalizadas por apoiadores de uma figura da extrema direita que espalha fake news e teorias da conspiração

por Jamyle Rkain
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No último dia 3 de outubro, funcionários de instituições que estão localizadas no perímetro da Ilha dos Museus, em Berlim, foram surpreendidos ao encontrar várias obras de arte e artefatos antigos vandalizados. O caso veio à tona apenas nos últimos dias, deixando a comunidade estarrecida. Está sendo tratado como um dos maiores ataques à área na Alemanha no período pós-guerra.

 Ataque ao sarcófago de Ahmose no Neues Museum. FOTO: Markus Schreiber/AP

Os ataques consistem em borrifadas de um líquido oleoso em pelo menos 70 peças. A Ilha dos Museus é um patrimônio mundial reconhecido pela UNESCO e tem em seu complexo cinco museus famosos, como e o Neues Museum e o Pergamonmuseum.

Por ter ocorrido no dia em que se comemora a reunificação alemã, processo iniciado com a queda do Muro de Berlim e culminando no fim da bipolarização do país, as autoridades que investigam o caso trabalham com a possibilidade de ter sido um ataque de base política.

A suspeita maior é que teria sido feito por apoiadores de uma figura conhecida da extrema direita que trabalha com teorias da conspiração. O “teórico”, Attila Hildmann, ficou conhecido na internet durante a pandemia por espalhar fake news sobre o coronavírus. Uma das “teorias” que ele repete é que o Pergamonmuseum é o “trono do satanás”, o que poderia ter insuflado seus apoiadores a atacarem o complexo.

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