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As maiores polêmicas do mundo das artes em 2018

O novo ano de 2019 já começou mas nós do ARTEQUEACONTECE continuamos trazendo os melhores e mais polêmicos acontecimentos que marcaram o mundo das artes em 2018! Confira aqui as…

por Julia
6 minuto(s)

O novo ano de 2019 já começou mas nós do ARTEQUEACONTECE continuamos trazendo os melhores e mais polêmicos acontecimentos que marcaram o mundo das artes em 2018!

Confira aqui as principais grandes controvérsias entre artistas, feiras, leilões e exposições do ano passado!

 

12. Mary Boone é condenada por evasão fiscal

A galerista Mary Boone, que representa grandes artistas nos Estados Unidos como Ai Weiwei e Barbara Kruger, foi pega em um caso de evasão fiscal. Ela confessou-se culpada de submeter informações falsas à receita federal americana. A galerista poderá pegar até 6 anos de prisão, e sua sentença deverá ser comunicada ainda neste início de 2019.

11. Obra sobre refugiados é removida da Bienal de Liverpool

Um dos projetos artísticos apresentados na Bienal de Liverpool de 2018 foi destruída misteriosamente. A instalação, de autoria da artista Banu Cennetoğlu’s, consistia em uma lista com 34.361 nomes de refugiados e imigrantes que perderam suas vidas tentando chegar na Europa. Impressos em cartazes, os nomes estavam afixados na área externa de um prédio no bairro de Chinatown.
10. MAM-RJ decide leiloar Pollock para levantar fundos para o museu mas obra não é arrematada
Em profundas dificuldades financeiras, o MAM do Rio de Janeiro decidiu por à venda uma pintura de Jackson Pollock, a tela No. 16, avaliada em US$25 milhões, para financiar a instituição pelos próximos 30 anos. Após reações negativas à notícia e apelos a órgãos governamentais, o IPHAN afirmou que não possuiria competência legal para se manifestar sobre a estratégia do museu, que é uma instituição privada. No entanto, no leilão realizado em novembro de 2018, a obra alcançou apenas o lance de US$15.6 milhões – muito abaixo do lance mínimo esperado pelo museu de US$18 milhões.

 

9. Vazam áudios perdidos de Francis Bacon criticando seus rivais da Pop Art

Gravações inéditas do artista inglês Francis Bacon desprezando e criticando os ícones da pop art Andy Warhol e Jasper Johns vieram à tona em março de 2018. Entre as considerações rudes e comentários irônicos trocados com Barry Joule, seu amigo e vizinho, Bacon chamava os trabalhos de seus rivais de “ridículos” e “muito ruins”. O artista havia autorizado o registro das conversas sob a condição de que as fitas apenas fossem divulgadas pelo menos 12 anos após a sua morte.

8. Jeff Koons é acusado de calote por colecionador

Um grande colecionador processou o artista-celebridade Jeff Koons e sua galeria, a Gagosian, pela compra de três esculturas monumentais, em 2013, que nunca foram entregues. Na polêmica ação judicial, os advogados do executivo Steven Tananbaum afirmaram que as práticas comerciais de Koons são corruptas e repletas de suspeitas, criticando a posição precária que os colecionadores têm diante dos procedimentos empregados pelo estúdio do artista.

 

7. Nancy Spector, curadora chefe do Guggenheim, oferece privada dourada à Casa Branca no lugar de pintura de Van Gogh

Em janeiro de 2018 vazaram e-mails trocados entre o departamento de curadoria da Casa Branca – solicitando o empréstimo de uma pintura de Van Gogh para decorar os aposentos privativos de Melania e Donald Trump –, e a curadora-chefe do Guggenheim, Nancy Spector. A curadora escreveu em resposta que “Paisagem com Neve” (1888) estaria indisponível, pois seguiria em breve para exposição no Guggenheim Bilbao. “Fortuitamente”, Spector continuou, um “trabalho maravilhoso” do italiano Maurizio Cattelan (n. 1960) estaria disponível e que o artista gostaria de oferecer a obra em empréstimo: “América” é um vaso sanitário plenamente funcional, forjado em ouro 18k, que ficou em exibição (e uso) no banheiro do quinto andar do museu nova-iorquino por um ano. Spector não quis comentar o conteúdo das mensagens, mas a autenticidade de sua correspondência com a Casa Branca, publicada pelo Washington Post, foi confirmada por porta-voz do museu.

 

6. Documenta de Kassel: crise financeira, mudanças de liderança e remoção de obra

A Documenta de Kassel, maior e mais importante exposição de arte contemporânea do mundo, passa por uma crise desde 2017, quando denúncias de desvios e uma dívida de €7 milhões derrubaram Annette Kulenkampff, presidente da organização, substituída por Wolfgang Orthmayr em abril de 2018. Sabine Schormann, diretora de outras importantes organizações artísticas, assumiu a direção da exposição com a difícil tarefa de garantir a realização da próxima edição da mostra, Documenta 15, em 2022. Em julho, foi formado um comitê que irá selecionar o próximo Diretor Artístico da Documenta, formado por diversos nomes importantes no cenário artístico internacional, incluindo o diretor da Pinacoteca do Estado de São Paulo, Jochen Volz; Frances Morris, diretora da Tate Modern e Gabi Ngcobo, curadora da X Berlin Biennale.
Já em outubro, a cidade de Kassel decidiu remover o monumento criado pelo artista Olu Oguibe, “Monument to Strangers and Refugees”, criado para a documenta 14. O obelisco foi realocado para fora do centro da cidade depois de uma votação dos vereadores. No monumento lia-se a frase “I was a stranger and you took me in”, ou “Eu era um estranho e você me acolheu”, em alemão, inglês, árabe e turco. O obelisco já havia sido foi alvo de vandalismo por movimentos de extrema direita.

5. Nan Goldin protesta em museus e universidades que são financiadas pela família Sackler

No ano passado, a artista – que sobreviveu ao vício em opiáceos – fundou a organização P.A.I.N., com o intuito de pressionar e responsabilizar a farmacêutica Purdue Pharma, de propriedade da família Sackler, e combater o que ela chama de super-prescrição da droga. O OxyContin é um dos analgésicos opióides mais receitados no Estados Unidos, causa de uma epidemia que assola o país e que já levou milhares de mortes por overdose. Junto dessa organização, Goldin organizou diversos boicotes e protestos, incluindo uma ação dentro do Metropolitan Museum of Art, em Nova York, e outra no Arthur M. Sackler Museum, na Universidade de Harvard.

 

4. Ateliê de Ai Weiwei é demolido na China

Em agosto de 2018 o ateliê do artista Ai Weiwei foi destruído pelas autoridades chinesas. O artista compartilhou um vídeo no Instagram que mostrava as máquinas pesadas em plena atividade, dizendo que a ação tinha sido iniciada sem nenhum aviso prévio. O prédio, uma antiga fábrica fábrica de partes automotivas, serviu de berço para algumas das obras mais icônicas e reconhecidas do artista. A demolição teve como motivo a transformação da região para a construção de shoppings e edifícios comerciais.
3. O Baltimore Museum vende obras icônicas para incrementar o número de obras de artistas sub-representados na coleção
O Baltimore Museum of Art vendeu diversas obras de sua coleção, incluindo peças de Andy Warhol e Kenneth Noland, para arrecadar fundos que serão aplicados em novas aquisições. A instituição está investindo em trabalhos de artistas que geralmente são sub-representados em museus pelo mundo – mulheres e negros, principalmente. Entre as novas compras estão uma pintura de Amy Sherald (alçada à fama após pintar o retrato oficial de Michelle Obama) e uma instalação de Isaac Julien.

2. Marina Abramovic é atacada em museu de Florença 

Em setembro de 2018, Marina Abramović foi atacada durante uma sessão de autógrafos no Palazzo Strozzi, em Florença, instituição que abrigava uma grande retrospectiva da artista. Um homem de 51 anos carregava uma pintura pelo evento, um retrato da artista pintado por ele, e em seguida bateu na cabeça de Abramović com a tela. O homem declarou que teve de realizar o ataque “por causa da minha arte”.

 

1. Museu Nacional, no Rio de Janeiro, é destruído em incêndio

Um grande incêndio atingiu, no início de setembro passado, o Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro. A instituição era o museu mais antigo do Brasil, fundado por D. João VI, e havia comemorado 200 anos em junho de 2018. O fogo começou depois do fechamento ao público e demorou horas para ser contido, consumindo cerca de 90% do acervo localizado no prédio principal. Pouquíssimos itens foram salvos, entre eles, o meteoro Bendegó. Perdeu-se, no entanto, o crânio de Luzia, fóssil humano mais antigo encontrado nas Américas, além da maior coleção egípcia da América Latina e a biblioteca Francisco Keller, com mais de 530 mil exemplares.

 

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