Aposta AQA: Juliana dos Santos

A pesquisa que a artista Juliana dos Santos desenvolve caminha por diversos lugares, mas eles sempre se encontram de alguma maneira. Ela se desenvolve investigações acerca de racismo, corporeidade, decolonização,…

por Jamyle Rkain
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A pesquisa que a artista Juliana dos Santos desenvolve caminha por diversos lugares, mas eles sempre se encontram de alguma maneira. Ela se desenvolve investigações acerca de racismo, corporeidade, decolonização, espacialidade, deslocamentos de imaginários, negritude. Ela é graduada em Artes Visuais e mestre em arte-educação e mediação cultural pelo Instituto de Artes da UNESP, em São Paulo. Além disso, a artista possui especialização em cultura afro-brasileira, onde evolui muito de seu trabalho.

Juliana começou a desenvolver suas habilidades artísticas no desenho, isso porque possui um grande conexão com as atividades manuais. Durante seu período na faculdade, porém, passou muito tempo se dedicando a atividades mais performáticas, que dão ênfase ao corpo, como a dança e o teatro. Esse trânsito natural e instintivo entre diversos formatos de se fazer arte é mostrado com muita veemência nas obras que ela produz até hoje.

É importante perceber que a autobiografia está presente de certa forma em sua produção. “Essa abordagem da história da arte tem um caráter mais sociológico, pois, sugere que a obra é resultado de um conjunto complexo de interações do artista com o seu meio, com sua história”, escreveu o curador Claudinei Roberto da Silva em conversa com Juliana na época de sua individual no Paço das Artes.

Além das obras que produz, ela tem uma forte atuação como arte-educadora, já tendo trabalhado com cursos, palestras e oficinas em lugares como o MASP e o MAM-SP. Atualmente, ela também desenvolve pesquisa de doutorado também na Unesp.

“Entre o azul e o que não me deixo/deixam esquecer”. Crédito: Paço das Artes / Rômulo Fialdini

Nascida na zona norte de São Paulo, a artista vive e trabalha na cidade. Ela já apresentou seus trabalhos em vários espaços institucionais, tanto no Brasil quanto na Europa. Ela já expôs em lugares como Festival BOUGE B, em Antuérpia, na Bélgica, e na Biblioteca Academia de Belas Artes de Viena, Áustria. Nesta também atuou como docente e foi onde teve sua primeira exposição individual. Também teve trabalhos no Sesc São Paulo, na Temporada de Projetos do Paço Das Artes, em São Paulo, no Solar dos Abacaxis, no Rio de Janeiro, e no MuseumsQuartier, também na Áustria, dentre outros tantos. Ela participa, neste ano de 2020, da 12ª Bienal do Mercosul.

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